Agora, ele está triunfando com The Boys, a adaptação para a televisão de uma das séries de quadrinhos mais famosas de todos os tempos, mas Eric Kripke tem uma experiência considerável quando se trata de TV.
Além de ter criado Supernatural, o desenvolvedor de The Boys também é a mente pensante por trás de Revolution, a série pós-apocalíptica que chegou a ser comparada a Lost em 2012. Mas, apenas sua experiência em Supernatural, com 15 temporadas e mais de 300 episódios, dá-lhe autoridade suficiente para falar sobre o desafio de desenvolver e dosar entretenimento em uma série para a telinha.
Agora Kripke está imerso no desenvolvimento de uma série para uma plataforma de streaming, com temporadas de oito episódios, mas continua aplicando a mesma filosofia. Por esse motivo, o criador de The Boys fica nervoso quando um showrunner descreve sua nova série como "um filme de 10 horas".
Kripke deixa claro que aplicar o ritmo de um filme a uma série de televisão, mesmo que seja uma ficção limitada a uma única temporada, não é a direção em que a indústria do entretenimento deve avançar e não hesitou ao expressar seus pensamentos com absoluta clareza em declarações à revista Vulture:
A desvantagem do streaming é que muitos cineastas que trabalham nele não vêm necessariamente dessa rotina. Eles se sentem mais à vontade com a ideia que podem te dar 10 horas sem que nada aconteça até o último episódio. Isso me deixa louco pra cara***, pessoalmente.
Segundo o showrunner, que não faz referência direta a nenhum projeto em particular, alguns criadores de conteúdo passam para o streaming sem entender o que é um formato de televisão e como ele funciona. Sua principal reclamação? A série em que nada acontece até que eles entrem na reta final.
“Como um cara que tinha que manter as pessoas interessadas por 22 horas por ano, eu não entendo qual é o benefício por trás disso. [Há] aqueles que dizem: 'Eu estou realmente fazendo um filme de 10 horas.’ Você não está fazendo isso. Faça uma série de TV. Você está no negócio do entretenimento ".
