Heartstopper chegou ao catálogo da Netflix e já se mostrou um fenômeno tanto em audiência quanto em números nas redes sociais. A exemplo disso, em seu primeiro final de semana, a série teen emplacou diversas posições no Top 10 do serviço de streaming em mais de 60 países.
Como de costume na plataforma de streaming, os oito episódios da primeira temporada já estão disponíveis para uma boa maratona. Por isso, muitos já anseiam por uma nova leva de capítulos inéditos, algo que, por enquanto, não está confirmado.
Por isso, o AdoroCinema preparou uma lista com 9 séries parecidas com Heartstopper para matar um pouco da saudade do romance entre Charlie (Joe Locke) e Nick (Kit Connor). Vale dizer que não se trata de um ranking. Para a seleção, escolhemos tramas que preservam boas representações LGBTQIA+ e histórias de amadurecimento majoritariamente adolescentes, mas algumas narrativas são protagonizadas por jovens adultos.
Love, Victor
Não podíamos deixar de começar com outra série! Love, Victor é uma das séries mais semelhantes à produção criada e produzida por Alice Oseman. Com duas temporadas no Star+, a produção é “irmã” do filme Com Amor, Simon, que apresenta uma história semelhante que se passa no mesmo universo.
A trama acompanha a vida de um adolescente recém-chegado em Atlanta, na Geórgia. O jovem Victor Salazar (Michael Cimino) tem a chance de recomeçar tudo do zero depois que seus pais fugiram de seus próprios problemas. Nessa jornada de autodescoberta típica da adolescência, ele passa a estudar no renomado Creekwood High School, onde faz novos amigos como Mia (Rachel Hilson), uma garota simpática e popular que rapidamente mostra interesse por ele. Mas tudo se complica quando Victor começa a se interessar por Benji (George Sear), outro jovem do colégio com quem tem muito em comum. Assustado com o que começa a sentir e questionando sua sexualidade, Victor busca refúgio em Simon Spier (Nick Robinson), um ex-aluno do ensino médio que passou pela mesma situação um ano atrás. Enquanto isso, começam a surgir segredos por trás da história de seus pais, causando atritos entre os membros da família.
Young Royals
Saindo um pouco do Colégio Truham, Young Royals apresenta outro tipo de narrativa. Na trama, o príncipe Wilhelm (Edvin Ryding) precisa se ajustar à vida em seu prestigioso colégio interno, Hillerska. De acordo com o avanço de sua jornada, ele começa a perceber que seguir seu coração nem sempre é uma escolha fácil, necessitando lidar com algumas situações mais desafiadoras do que o previsto.
Ácida e intensa, com dilemas amorosos e embates éticos do protagonista, a produção está disponível na Netflix e já tem sua segunda temporada confirmada.
Sex Education
Outra queridinha da Netflix européia, Sex Education segue sua jornada de aclamação da crítica e do público desde sua primeira temporada. A história gira em torno de Otis (Asa Butterfield), um adolescente socialmente inapto que vive com sua mãe, uma terapeuta sexual. Apesar de não ter perdido a virgindade ainda, ele é uma espécie de especialista em sexo. Junto com Maeve, uma colega de classe rebelde, ele resolve montar sua própria clínica de saúde sexual para ajudar outros estudantes da escola.
O destaque aqui vai para o personagem de Ncuti Gatwa, Eric, um estudante LGBTQIA+ que tem sua vida atravessada por amores, provações e desafios de um adolescente que está descobrindo como se relacionar com o mundo. A narrativa ganha uma camada adicional ao explorar também as origens do adolescente, sua relação com a negritude e também o relacionamento com a família. Para além deste aspecto, a série ainda pode ser vista por sua ampla representação de pessoas queer e diversas formas de afeto.
Eu Nunca
Também disponível no catálogo do serviço de streaming mais popular do Brasil, Eu Nunca é uma daquelas séries que reformulam os conceitos das comédias teens norte-americanas de forma inovadora e única.
Inspirada em momentos reais da infância da atriz e comediante Mindy Kaling, Eu Nunca... retrata a vida moderna e complicada de Devi (Maitreyi Ramakrishnan), uma adolescente americana, filha de indianos e aluna nada popular na escola. Depois da morte de seu pai, Mohan (Sendhil Ramamurthy), ela sofre um grande trauma e acaba perdendo o movimento das pernas por alguns meses. Tentando mudar sua imagem na escola, Devi faz de tudo para apagar como as pessoas a viam antes, mas nada dá certo. Dev sonha em viver um romance intenso e clichê de filmes adolescentes, mas sua vida parece sempre monótona e desinteressante. Até que um dia, ela acaba conquistando a atenção do seu maior crush da escola, Paxton (Darren Barnet), mas as coisas acabam não indo tão bem quanto ela gostaria. Além disso, Devi ainda precisa lidar com as regras severas de sua mãe, Nalini (Poorna Jagaanathan) que tenta controlar cada passo que ela dá.
Além do foco na protagonista, uma de suas amigas, Fabiola Torres (Lee Rodriguez) passa por uma jornada de autodescobrimento queer em um interessante arco da primeira temporada.
Euphoria
O primeiro fenômeno televisivo de 2022 tem nome: Euphoria. A série que foi tão comentada quanto Game of Thrones nas redes sociais não apresenta uma história tão fofa quanto Heartstopper, mas ganha relevância por abordar outros aspectos da juventude - não tão glamourosos, muito menos fáceis de se lidar, como o uso de drogas, sexo, violência, entre outros temas que orbitam a adolscência.
Mesmo que seja oposta ao que é visto em Heartstopper, do tom ao recorte da trama, ainda assim é um importante exemplo de produção que apresenta boas representações de pessoas LGBTQIA+ neste momento. Apesar das diferenças, ainda é uma história sobre como a adolescência pode ser intensa e cheia de novas cores.
Please Like Me
A produção estrelada e idealizada por Josh Thomas se distancia da trama adolescente de Heartstopper, mas ainda assim pode se encaixar nesta lista por sua irreverência e temas pertinentes que o início da vida adulta carrega.
A série australiana acompanha logo após terminar seu namoro com a jovem Claire (Caitlin Stasey). O momento é também catártico, já que chega à conclusão de que ele é, na verdade, gay. Agora, além de fazer de tudo para que sua família aceite sua orientação sexual, ele embarca em um novo e complicado relacionamento com Geoffrey (Wade Briggs).
As Five
Derivada da novela Malhação: Viva a Diferença, As Five é a representante nacional dessa seleção. A trama se passa seis anos após o fim do ensino médio, quando as amigas Keyla (Gabriela Medvedovski), Ellen (Heslaine Vieira), Lica (Manoela Aliperti), Tina (Ana Hikari) e Benê (Daphne Bozaski) se reencontram na cidade de São Paulo. Mesmo tendo passado tanto tempo sem se verem, elas logo percebem que o amor e o carinho que sentem uma pela outra permanece, ainda mais nessa fase de transição para a vida adulta.
We Are Who We Are
Em We Are Who We Are, os jovens Fraser (Jack Dylan Grazer) e Caitlin (Jordan Kristine Seamon) vivem com os pais numa base militar americana perto de Veneza, na Itália. O introvertido Fraser acaba de chegar ao local e sente falta dos amigos que deixou em Nova York, sua cidade natal. A destemida Caitlin mora lá há anos e já domina o italiano. Juntos, eles enfrentam os dramas típicos da adolescência, como amizade, primeiros amores, construção de identidade e conflitos familiares.
Special
Special acompanha Ryan Hayes (Ryan O'Connell), um jovem gay com paralisia cerebral que decide recomeçar sua vida e fazer tudo aquilo que sempre deixou para depois. Entre seus novos objetivos estão conquistar o primeiro emprego; morar sozinho e longe de Karen (Jessica Hecht), sua mãe controladora; e, por fim, engatar um relacionamento amoroso. Mas realizar esses sonhos vai ter um custo alto: Ryan se passa por vítima de um acidente de carro, usando o episódio para esconder sua verdadeira condição.
Idealizada também pelo seu protagonista, a trama apresenta uma emocionante e complexa história de amor e amadurecimento. Com duas temporadas, a trama se completa em uma narrativa essencial para quem curtiu passar um tempo com Nick e Charlie.
Menção honrosa: Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
Não entrou na seleção oficial, pois trata-se de um filme. Inspirado no curta Eu Não Quero Voltar Sozinho, o longa Hoje Eu Quero Voltar Sozinho também apresenta uma história de amor juvenil entre dois rapazes.
Dirigido por Daniel Ribeiro, o longa acompanha Leonardo (Ghilherme Lobo), um adolescente cego, que tenta lidar com a mãe superprotetora ao mesmo tempo em que busca sua independência. Quando Gabriel (Fabio Audi) chega na cidade, novos sentimentos começam a surgir em Leonardo, fazendo com que ele descubra mais sobre si mesmo e sua sexualidade.