Na terça-feira (8), o Spotify fez o lançamento da segunda temporada do seu mais novo podcast original, Paciente 63. Com uma trama que mistura suspense e ficção científica, a série contada em formato de áudio apresenta a história de um viajante no tempo que precisa retornar ao passado para salvar o futuro da humanidade. Ficando como grande opção para quem gosta de filmes como Os 12 Macacos, Cidade das Sombras e O Predestinado, a obra explora as diversas consequências de brincar com as linhas do tempo, ao mesmo tempo em que tenta retomar o sucesso conquistado em sua temporada anterior.
Na trama, passados os eventos da primeira temporada, agora, nos encontramos no ano de 2012. Nele, a doutora Elisa Amaral acorda dez anos antes dos acontecimentos mais marcantes da sua vida. Pedro Roiter está encalhado em um futuro perdido e neste passado os papéis trocam: ela é a paciente enigmática de um terapeuta. Por que o ano de 2012? Por que ela? O amor é capaz de viajar no tempo? Maria Cristina Borges é uma ameaça letal? O vírus Pégaso é um destino do qual não se pode fugir? É o dever de Elisa salvar o futuro da humanidade novamente? — Confira aqui o trailer da segunda temporada.
Através de dez episódios, Paciente 63 continua a contar com as vozes de Mel Lisboa e Seu Jorge, em uma produção baseada no podcast Caso 63, do escritor e roteirista chileno Julio Rojas.
SEU JORGE SENTIU-SE AFETADO PELA SEMELHANÇA ENTRE A SÉRIE E A PANDEMIA DO COVID-19
Durante uma entrevista com a presença do AdoroCinema, Seu Jorge compartilhou algumas de suas visões sobre a trama, fazendo relação da mesma com o cenário atual em que estamos vivendo. Com uma pandemia que já dura dois anos, fica impossível não comparar o momento com a problemática vivida por Pedro Roiter, personagem do ator na série. Reflexivo, Jorge ainda reforçou temas como a importância da vacina e o respeito à ciência.
“Eu fiquei bastante impactado quando recebi o roteiro e percebi a semelhança com a atualidade, a contemporaneidade dessa história, desse cara que vem do futuro para falar, justo nesse ano de 2022, sobre a missão que ele tem. Para a gente que vive a pandemia e seus resquícios, é marcante e um desafio grande, principalmente, por estarmos sempre precisando seguir os protocolos, como gravar em momentos separados, sem a presença de todos os envolvidos (...) Paciente 63 demonstra esse alinhamento com o que estamos vivendo”, compartilhou Jorge.
Dentro desta perspectiva, o astro procurou aprofundar e relacionar algumas situações vividas na série com a nossa realidade, como a possibilidade de atingirmos a quantidade de cepas vacinais alcançada na série (15) e as mudanças que a pandemia pode vir a causar socialmente, dando o exemplo do nascimento de uma geração que talvez não se interesse tanto por aglomerações, devido a nascer sob efeito da quarentena.
MEL LISBOA CONCORDA QUE PACIENTE 63 FALA DE UM FUTURO POSSÍVEL
Conhecida por seu grande trabalho no audiovisual nacional, Mel Lisboa foi mais uma integrante de Paciente 63 que conversou com a gente. Ao expressar sua opinião a respeito da realidade apresentada na obra, um dos assuntos abordados pela atriz vai de encontro a temas como cancelamento e liberdade de expressão na internet, ambos explorados pela produção.
“A questão do cancelamento é um assunto que estamos discutindo agora; o comportamento das pessoas nas redes sociais. Que comportamento é esse? Por que as pessoas se comportam desse jeito? No que isso pode resultar? Em que isso pode ser prejudicial? Até que ponto podemos falar tudo da maneira que quisermos? Até que ponto vão nossas liberdades individuais? O que é liberdade de expressão? Todas essas questões, inevitavelmente, são pensadas por nós. E nós que fazemos [a série Paciente 63] temos que pensar bastante no assunto, com um pouco mais de embasamento para não sermos levianos em nosso discurso. Paciente 63 é uma série impactante, pois fala do futuro, porém, um futuro muito possível, muito próximo. Se não tomarmos os devidos cuidados, caminhamos para o desfecho da série”, colocou Lisboa.
Ela ainda vai além, compartilhando que não vê nenhum dos assuntos tratados como impossíveis de acontecer. Desde uma letal pandemia viral, até a forte censura sofrida pela internet em 2062, a trama de Paciente 63 abre nossa cabeça para refletir a respeito dos caminhos que a humanidade toma na construção do amanhã.
OS ATORES COMPARTILHARAM SEUS FILMES FAVORITOS
Levando em consideração que o protagonista Pedro Roiter é cinéfilo assumido, chegando a citar obras como Taxi Driver, De Volta para o Futuro e O Poderoso Chefão, o AdoroCinema não pôde deixar passar a oportunidade de perguntar quais filmes certamente estariam no imaginário dos atores se eles estivessem na situação vivida pelo personagem durante as sessões de terapia. Enquanto Seu Jorge prontamente respondeu que 2001 - Uma Odisséia no Espaço seria seu longa lembrado, Mel Lisboa ficou entre Interestelar, Crepúsculo dos Deuses, Cidadão Kane e Laranja Mecânica.
Prova que além de bons atores, os dois são, também, bons de cinema.
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