Exatos dois anos após a estreia da primeira temporada, The Witcher retorna à Netflix com uma nova aventura para Geralt de Rivia (Henry Cavill), que expande ainda mais o universo fantástico do bruxo e cumpre a promessa de fazer o protagonista usar mais palavras para se comunicar. A segunda temporada estreia na próxima sexta-feira (17), mas o AdoroCinema já assistiu aos seis primeiros episódios e vamos compartilhar nossas primeiras impressões - sem spoilers, não se preocupe!
A segunda temporada começa logo após os últimos acontecimentos que acompanhamos: Geralt acredita que Yennefer (Anya Chalotra) morreu na épica Batalha de Sodden e, agora, precisa cuidar da Princesa Cirilla (Freya Allan), "destinada" à proteção dele. Para isso, o bruxo a leva a Kaer Morhen, fortaleza onde ele cresceu e treinou com outros homens como ele. Enquanto Ciri entra em uma jornada para compreender seus próprios poderes, uma grande disputa por supremacia continua acontecendo entre as diversas raças - elfos, humanos, demônios.
2ª temporada de The Witcher tem universo mais amplo
Oito volumes compõem a obra literária original de The Witcher, que deu origem à bem-sucedida franquia de videogames e à série da Netflix. Não é à toa: o universo do bruxo é gigante, complexo, cheio de minúcias e possibilidades nas aventuras. E agora que a produção do streaming já apresentou os principais personagens na primeira temporada, os novos episódios se concentram mais na expansão desse universo com investimento pesado nos efeitos visuais.
Os novos monstros que surgem na segunda temporada de The Witcher têm aparência mais impactante e parecem mais integrados ao universo que habitam, com um design e presença na tela que lembram as criaturas, por exemplo, de Guillermo del Toro (O Labirinto do Fauno e A Forma da Água). Sombrios e ameaçadores, estes seres contra os quais Geralt precisa lutar ou se aliar vêm com mais personalidade - como se estivéssemos vendo apenas uma fração de um mundo de criaturas particulares, sem a sensação de que apenas cópias um dos outros.
O mesmo podemos dizer das escolhas da produção para ilustrar conceitos muito abstratos, como os sonhos e profecias dos personagens, suas projeções dimensionais, ou ainda as substâncias alquímicas que utilizam no preparo de poções e lançamento de feitiços Nesta temporada, Yennefer passa por uma jornada ainda mais mística do que vimos antes e os efeitos para representar essa magia ajudam o público a compreender os riscos do drama que ela está enfrentando.
Ciri é destaque na 2ª temporada
A primeira temporada de The Witcher apresentou Cirilla como uma jovem cujos poderes são imensuráveis, mas também difíceis de ser acessados, entendidos e, menos ainda, controlados. Nos novos episódios, em companhia de Geralt, há um salto enorme na história da personagem não só na exploração da magia, mas em seu crescimento pessoal: em uma trama quase teen, acompanhamos Ciri revoltada contra um sistema e um passado que não entende muito bem e pressionada a mostrar seu próprio valor.
Quem é fã de The Witcher 3, o game lançado em 2015, provavelmente vai reconhecer algumas paisagens e cenas dos dois personagens em Kaher Morhen. Aqui, é como se a série colocasse uma lupa sobre eles, procurando dar mais atenção ao lado humano e emocional, o que nos leva a outro ponto importante: Geralt sabe falar, sim.
Henry Cavill mais confortável no papel de Geralt
Em 2019, quando a primeira temporada foi lançada, as reações de Henry Cavill como Geralt viraram meme nas redes sociais porque o protagonista falava muito pouco e não esboçava quase nenhuma mudança em suas feições. Tudo bem: faz parte da personalidade do bruxo, que não é exatamente um ser humano comum, mas a gente sabe que carisma é importante para um protagonista de TV.
A Netflix parece ter entendido o recado e deu a Henry Cavill mais espaço para se expressar. Em Kaher Morhen, Geralt tem contato com pessoas importantes de seu passado e que o conhecem profundamente, permitindo assim que ele “relaxe” e interaja mais despretensiosamente (rola até uma ou outra piada!). Com essa abertura, fica mais fácil simpatizar com a relação de pai e filha adolescente entre ele e Ciri e a dupla tem uma química bem natural nas telas.
The Witcher 2: Série poderia avançar mais rapidamente
Os espectadores mais impacientes podem se incomodar um pouco com o ritmo no qual a história avança. Justamente por se passar em um universo tão vasto e cheio de variáveis, a trama de The Witcher demora um pouco para chegar de um ponto a outro - bom para os mais contemplativos, mas nem tanto para quem espera assistir logo aos momentos decisivos entre os personagens.
Assim como na primeira temporada, os novos episódios também exploram algumas das histórias separadamente, o que deu a sensação de estarmos acompanhando uma história dispersa. Agora, ao menos, há uma trama mais direta acontecendo, mas que vai exigir paciência de quem quiser ver o quebra-cabeça se completar.
A temporada 2 de The Witcher terá 8 episódios no total e estreia no catálogo da Netflix em 17 de dezembro.
