A 18ª temporada de Grey’s Anatomy está com grandes novidades, como o surgimento de novos casais e decisões difíceis a serem tomadas por Meredith Grey, interpretada por Ellen Pompeo. Além disso, a série da ABC acaba de adicionar uma pessoa não-binária em um papel regular no elenco pela primeira vez. Vale mencionar que não-binariedade é, em resumo, não se reconhecer nos papéis de gênero feminino e masculino.
E.R. Fightmaster entra no elenco de Grey’s Anatomy para interpretar Kai Bartley, uma pessoa médica que trabalha na equipe de pesquisa do hospital de Minnesota, onde Meredith Grey passa a integrar como membro para descobrir a cura do mal de Parkinson. Nesta nova fase, a série se passa em dois locais paralelos que, ainda sim, incluem o famoso Grey Sloan Memorial Hospital.
Demi Lovato revela ser pessoa não binária; conheça mais personalidades que também sãoIntegrante regular do elenco, E.R. Fightmaster retorna no próximo episódio exibido em 11 de novembro, após a pausa de duas semanas. De acordo com a emissora ABC, Kai Bartley recebe a descrição de uma pessoa “dedicada ao seu ofício e extremamente talentosa no que faz”, além de ser “muito confiante e capaz de fazer até mesmo a ciência mais detalhada e mudana parecer animadora”.
Enquanto E.R. Fightmaster faz história como a primeira pessoa não-binária na equipe oficial de medicina em Grey’s Anatomy, a série tem um pequeno histórico de representação da comunidade LGBTQ+ ao longo das 18 temporadas. No passado, a atração da ABC nos apresentou Alex Blue Davis, ator trans, como o residente cirúrgico Casey Parker. Além disso, Jake Borelli, que atualmente estrela como Dr. Levi Schmitt, se afirmou como gay em 2018, no mesmo episódio em que seu personagem na série também revelou a homossexualidade nas telinhas.
Conheça E.R. Fightmaster, novo rosto em Grey’s Anatomy
E.R. Fightmaster tem uma carreira curta, mas ascendente, na atuação. Na televisão, já participou de séries como Tales from the Closet, Shrill e Work in Progress, além de também ter aparecido em curtas como Ancient Methods e Pathetic Woman — neste último, trabalhou também por trás das câmeras, nas funções de produção, roteiro e composição musical.
Em entrevista para o site IndieWire, em maio deste ano, E.R. Fightmaster afirmou que, para trabalhar com dignidade, precisava reestabelecer e moldar seus próprios papéis em Hollywood como uma pessoa não-binária. Assim, o acesso à indústria seria facilitado, ao mesmo tempo em que não sofreria com estereótipos criados por profissionais que não entendem sua vivência na sociedade.
Eu estava tipo: 'Oh, você meio que tem que criar o personagem para si, tem que criar caracteres não-binários'. Você tem que decidir que esses personagens serão não-binários porque a indústria não os está criando para nós.
E.R. Fightmaster acrescentou: "Quando eu estava crescendo, nunca vi pessoas não-binárias na TV, ou se eu vi, elas estavam sendo ridicularizadas. Ser, na televisão, quem eu sempre quis ver é uma verdadeira honra."