Já se tornou comum na Netflix algumas séries serem lançadas discretamente e se transformarem em verdadeiros fenômenos globais. Um dos casos mais conhecidos, claro, é La Casa de Papel, produção espanhola que conquistou milhares de fãs no mundo todo e está prestes a chegar aos últimos episódios agora em dezembro. Depois de conquistar o posto de uma das séries mais vistas na história do serviço de streaming, parece que o posto será ocupado em breve por Round 6, novo sucesso koreano da plataforma.
Round 6 na Netflix: Descubra qual foi a cena mais difícil de gravar e outras 5 curiosidades que você precisa saberA trama acompanha Gi Hoon (Lee Jung Jae), um homem cuja vida financeira está em apuros: sua mãe precisa de uma cirurgia urgente, ele corre o risco de perder a filha por falta de dinheiro e, para completar, ainda está devendo a um agiota que lhe deu um mês para pagar as dívidas. Em desespero, o rapaz aceita o convite para participar de um jogo com o prêmio bilionário para quem chegar até o final. Com ele, está um grupo de mais de 400 pessoas competindo pelo dinheiro. Porém, ao chegar lá, ele descobre que apenas um sobreviverá.
Criada por Hwang Dong-Hyuk, a série de sobrevivência traz uma pegada diferente ao gênero que se estabeleceu com outros grandes sucessos, como Jogos Vorazes, Maze Runner e Battle Royale. Para conquistar o prêmio bilionário, os participantes precisam passar por brincadeiras conhecidas por serem para o público infantil, mas cada uma delas tem uma consequência letal para os perdedores. Seria de se esperar, portanto, que os nove episódios fossem puramente fictícios, mas parece que vários elementos foram de fato tirados de inspirações da vida real.
Round 6 na Netflix: Cartão de convite para o jogo está causando problemas na vida real; entenda!Não, ninguém foi obrigado a competir em brincadeiras infantis correndo risco de vida para ganhar dinheiro, porém as dificuldades e problemas enfrentados pelos personagens e que os levaram àquela situação realmente são inspirados na vida real. No caso do protagonista, sua mãe precisava de uma cirurgia urgente, ele corria o risco de perder a filha por falta de dinheiro e, para completar, ainda está devendo a um agiota, inspirando assim uma alegoria sobre a sociedade capitalista moderna e a competição que ela incentiva.
“Admito francamente que tive grande inspiração dos quadrinhos e da animação japonesa ao longo dos anos”, disse Dong-Hyuk à Variety. “Quando eu comecei, eu também estava em apuros financeiros e passava muito tempo em cafés lendo quadrinhos, incluindo ‘Battle Royale’ e ‘Liar Game’.
“Eu comecei a me perguntar como me sentiria se participasse dos jogos sozinho. Mas achei os jogos muito complexos e, para o meu próprio trabalho, concentrei-me em usar jogos infantis", afirmou Dong-Hyuk, que se voltou para os jogos tradicionais de criança, como bolinhas de gude, cabo de guerra e amarelinha, que são brincadeiras conhecidas no mundo inteiro. No entanto, o criador revelou que a inspiração por trás do título e do desafio final vieram de um de seus jogos favoritos da infância que era limitado principalmente à Coreia.
“O jogo da lula é uma brincadeira que eu costumava jogar quando criança no pátio da escola ou nas ruas do bairro”, contou Dong-Hyuk ao RadioTimes.com. “Esta é uma história sobre pessoas que jogavam este jogo quando crianças e voltaram a jogar quando adultos", continuou. "Eu senti que ele poderia ser o jogo infantil mais simbólico que poderia representar o tipo de sociedade em que vivemos hoje. ”