Um dos crimes mais conhecidos do Brasil nas últimas décadas, o caso Richthofen ganhou versão cinematográfica lançada pelo Amazon Prime Video composta por dois filmes que contam a história do assassino brutal de Manfred e Marísia von Richthofen, planejado pela filha deles, Suzane von Richthofen. As duas produções mostram pontos de vistas contrastantes e contraditórios da jovem e do ex-namorado, Daniel Cravinhos, executor do crime.
Ao se tornarem adaptações para o cinema e televisão, boa parte das histórias reais ganham elementos fictícios, a fim de oferecer uma narrativa mais dramática e fantasiosa. Não é o caso de A Menina Que Matou os Pais e O Menino Que Matou Meus Pais: comprovando que poucas coisas podem ser mais assustadoras do que a própria realidade, os filmes não alteraram em nada o que foi dito pelos criminosos na época de seu julgamento.
As histórias dos dois filmes foram baseadas nos autos do processo, reproduzindo de forma literal as falas dos acusados. Em entrevista ao AdoroCinema, o escritor e roteirista Raphael Montes ressaltou a preocupação da equipe com a veracidade da história. “Como estamos falando de histórias reais e pessoas reais, tínhamos que ser muito precisos”, explicou.
Dom: Conheça a história real que inspirou a nova série brasileira do Amazon Prime VideoCarla Diaz, que interpreta Suzane nos filmes, contou que, neste caso, os atores não podiam nem improvisar alguns trechos de suas falas, como é comum que aconteça em obras de ficção. “A gente tinha que falar exatamente o que estava no texto porque eram as falas que foram dias no tribunal”, contou.
Depoimentos de Suzane von Richthofen e Daniel Cravinhos
Os dois filmes começam com a mesma cena, que mostra a polícia chegando à casa da família Richthofen e as semelhanças entre as duas histórias param praticamente por aí. A partir de então, o que vemos são versões completamente diferentes que os réus apresentaram um sobre o outro. Enquanto a versão de Suzane pinta Daniel como um namorado abusivo e interesseiro, Cravinhos diz que a jovem era manipuladora e melancólica.
Uma das divergências que mais chama a atenção é em relação aos pais de Suzane: ela os descreve como rígidos e controladores, enquanto o namorado chega a apontar que Manfred teria abusado da filha. Na época, a acusação foi negada pelo irmão da assassina, Andreas von Richthofen, em seu depoimento à polícia.
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