Dragon Ball é uma das franquias mais populares dos anos 80 e 90, tendo conquistado uma legião de fãs ao longo dos anos. Apesar do seu enorme sucesso, não só no Brasil, mas no mundo inteiro, o mangá criado por Akira Toriyama foi tirado do ar na Argentina por causa de uma cena de abuso sexual.
The Rock e Tom Hiddleston surgem irreconhecíveis como personagens de Dragon Ball ZA série estava sendo reprisada na televisão, quando o Ministério da Mulher, Políticas de Gênero e Diversidade Sexual de Buenos Aires apresentou formalmente uma denúncia, afirmando que “o episódio de Dragon Ball Super, que foi assistido nas telas da Argentina, reproduziria o exercício de violência sexual de um idoso contra uma menor, em um contexto de aceitação social, em que a violação de uma menina foi naturalizada”.
Para quem está pensando na cena em questão, se trata de uma interação entre o Mestre Kame, um idoso, com Pual, um animal transformista que, a pedido dele, se transforma numa garota “bela e jovem”. Ela tenta se livrar das garras de Kame enquanto ele está determinado a agarrá-la. Na cena, há outros personagens que apenas observam a coisa acontecer, constrangidos.
Henry Cavill, Ezra Miller e Margot Robbie surgem como personagens de Dragon Ball ZEm março deste ano, aconteceu algo parecido lá na Espanha, de acordo com informações divulgadas pelo site Culturplaza (via IGN Brasil). Dragon Ball estava prestes a ser exibido pelo canal televisivo À Punt, de Valência, mas a série teve que ser barrada por infringir o Artigo 5 da Lei nº 6 implementada pelo governo em 2016, que impede a exibição de "conteúdo sexista, principalmente, na programação infantil e juvenil".
Quem conhece Dragon Ball sabe que, lá nas primeiras adaptações do mangá, além das muitas cenas de ação, havia também algumas interações, no mínimo, polêmicas entre Goku e Bulma. Além da sexualização constante da personagem, que é uma adolescente, há até mesmo uma cena na qual Goku, uma criança, decide dormir com a cabeça no meio das pernas dela. Vale lembrar que o desenho tem como foco principal, o público infantil.
Voltando ao comunicado oficial, o Ministério da Mulher, Políticas de Gênero e Diversidade Sexual de Buenos Aires afirma que "a cena retrata como a recusa da jovem é ignorada pelo Mestre, que continua a forçá-la a fazer o que não quer, enquanto as demais personagens, visivelmente comovidas e angustiadas com a situação, observam silenciosamente as ações violentas e abusivas do homem adulto". No final, a WarnerMedia e o Cartoon foram receptivos à denúncia, resultando no cancelamento de Dragon Ball Super no país latino-americano.