Chegando a sua 11ª temporada, The Walking Dead teve muitas mudanças em seu elenco -- seja por causa da morte de personagens queridos ou da saída de atores principais para estrelar outros filmes e séries. Uma das despedidas mais sentidas foi a de Rick Grimes (Andrew Lincoln), que deixou a produção na 9ª temporada mas vai retornar em uma trilogia de filmes spin-off e ainda não se sabe se ele vai dar as caras na última temporada da série.
Imagine, então, o sentimento dos atores que chegaram no mesmo episódio em que Rick desapareceu. Segundo Eleanor Matsuura, intérprete de Yumiko em The Walking Dead, não foi nada fácil!
The Walking Dead: Antes da 11ª temporada, Norman Reedus questiona fato inusitado da série (Entrevista)Atores ficaram em luto por saída de Rick Grimes
“Quando eu me juntei à série, o nosso grupo chegou literalmente no mesmo episódio que Andrew [Lincoln] saiu. Obviamente para os fãs da série que foi um episódio incrivelmente importante e crucial. Mas também, como um ator entrando naquele set pela primeira vez, senti que as pessoas ainda estavam de luto, sofrendo com a partida dele, e senti que aquilo realmente era palpável. O legado que ele deixou foi enorme”, disse a atriz em mesa redonda que contou com a presença do AdoroCinema.
Apesar de ter enfrentado o desafio da saída de Rick, Eleanor Matsuura também revelou que os atores encontraram forças para seguir em frente sem Andrew Lincoln, que por muito tempo foi carro-chefe da produção.
“Também houve empolgação por haver esse tipo de salto temporal. Parecia que todos estavam a bordo para se agarrar uns aos outros e dizer, ‘ok, vamos ver como isso vai funcionar. Estamos fazendo isso juntos, e podemos sobreviver com [Rick] partindo e ver aonde a série vai nos levar’. Experimentar isso foi realmente uma coisa extraordinária”.
A 11ª temporada reserva muitas novidades para Yumiko, entre elas, um grande encontro na Commonwealth. “Ao observar onde ela estava, como ela começou parte desse grupo, para onde ela está indo, estou realmente empolgada por ela”, antecipou a atriz sobre a jornada de sua personagem em The Walking Dead.
“Yumiko sempre demonstrou a promessa de ter as habilidades e a capacidade para avançar e se tornar uma líder. Vimos alguns vislumbres disso em Hilltop e a vimos com certa relutância, mas não era como se ela estivesse tentando agarrar o título de liderança, era apenas uma espécie de concessão a ela. Mas agora podemos ver um conjunto totalmente diferente de habilidades, que ela nem precisou mostrar até agora. Podemos vê-la cuidar de sua família e amigos de uma maneira que eu não acho que ninguém tenha feito até agora no apocalipse zumbi, porque todo mundo está apenas sobrevivendo. E desta vez, é sobre uma velha habilidade do passado que está sendo útil no presente. Vamos conseguir realmente vê-la brilhar dessa forma”, afirmou.
Atriz celebra diversidade em The Walking Dead: “não é a única coisa que define as personagens”
A introdução de Yumiko, Connie e o restante do seu grupo trouxe mais diversidade para a série -- uma marca já registrada de The Walking Dead. Connie (Lauren Ridloff), por exemplo, é deficiente auditiva e, inclusive, teve seu destino mudado porque sua intérprete vai estrelar Os Eternos, filme do Universo Cinematográfico Marvel.
Já Yumiko é de origem asiática e parte da comunidade LGBTQIA+, tal como sua namorada, Magna (Nadia Hilker). Para Eleanor Matsuura, é importante que a série ultrapasse tais barreiras da representatividade e construa os personagens além dessa característica.
The Walking Dead: Negan e Maggie são Ross e Rachel da série de zumbi? (Entrevista)“Eu tenho falado muito sobre isso, porque é uma coisa extremamente importante para mim. Estou incrivelmente orgulhosa de estar interpretando, bem, eu mesma, representando a comunidade asiática. Estou incrivelmente orgulhosa de representar a comunidade LGBTQIA+. E é uma honra”, celebrou a atriz. “The Walking Dead é, sem dúvida, um dos programas mais diversos e inclusivos que eu já tive o privilégio de trabalhar. E não é o que sempre me chama a atenção -- vou usar meu relacionamento com Magna na série como um exemplo disso. Ser duas mulheres em um relacionamento não deve ser a coisa mais interessante sobre seus personagens, sabe, o fato de que elas são mulheres gays não deve ser uma característica ou qualidade de seus personagens”, ponderou Matsuura.
“Eu gosto do fato de que é apenas quem elas são, não precisa haver nenhum comentário sobre isso, elas podem sair e ter todas essas outras qualidades, não é a única coisa que as define”, disse ao AdoroCinema sobre Yumiko e Magda, e outros personagens da série. “Acho que esse é o ponto onde muitos outros programas caíram, quando eu interpretei certos personagens que [tinham a diversidade] como sua única qualidade definidora”, criticou. “E então se torna parte de um exercício de riscar itens em uma lista. Mas não é sobre isso, se trata de mostrar a humanidade e mostrar às pessoas a vida real, você sabe, somos gays, heterossexuais, asiáticos, negros, brancos, e [The Walking Dead] mostrou isso tão bem”.
O fato de elas serem mulheres gays é apenas quem elas são, não precisa haver nenhum comentário sobre isso na série
Seth Gilliam, que interpreta o Padre Gabriel, por sua vez concordou com Matsuura. “Estou muito orgulhoso da diversidade desta série. Particularmente porque está acontecendo em uma espécie de cenário futurista neste momento. Em que não nos matamos por causa das diferenças no tom de pele”, comentou o ator fazendo referência ao fato de que, apesar de The Walking Dead ter personagens bastante sanguinários, nenhum deles atualmente na série discriminam os outros com atos racistas ou homofóbicos”.
“Eu também tenho muito orgulho de representar padres assassinos, não têm muitos de nós por aí”, brincou Gilliam, ao que Eleanor comentou: “estamos representando todas as nações”. “Riscamos muitos itens da lista, temos tudo coberto”, complementou Seth, rindo. Segundo teoria, o destino do Padre Gabriel está em risco.
A 11ª temporada de The Walking Dead está disponível no Star+.
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