A série Bridgerton estreou na Netflix no final de 2020 e já trouxe uma nova legião de abelinhas, nome dos fãs da série de livros de Julia Quinn que deu origem à série, fazendo com que ela continue sendo um sucesso em 2021. Além disso, o seriado também traz vários personagens cativantes e com tramas que te fazem criar teorias.
Apesar da série ainda não ter sua segunda temporada confirmada, considerando que a produção permaneça no Top 10 da Netflix desde a estreia, é apenas uma questão de tempo para o anúncio vir. Afinal, o que não faltam são perguntas abertas no fim da temporada.
Uma das perguntas que não foram respondidas na primeira temporada de Bridgerton é o que exatamente está acontecendo entre o Rei George (James Fleet) e a Rainha Charlotte (Golda Rosheuvel) em seu castelo, especialmente, com o rei em si. Atenção, ao longo do texto pode conter SPOILERS.
Bridgerton: Crítica da 1ª temporada da série da NetflixBridgerton é baseada em fatos reais
Alguns personagens da série são baseados em figuras histórias reais e uma delas é o Rei George, ou como era mais conhecido Jorge III. Inclusive, o mesmo rei que aparece no musical Hamilton. O monarca começou a ficar alguns períodos doente a partir de 1765 e, embora breves, com o tempo tornaram-se prolongados e mais habituais. Quando sua doença ficou mais evidente, suas funções como rei ficaram prejudicadas e até tornou-se uma ameaça a quem lhe cercava e a si mesmo.
Quando a doença começou a ameaçar a boa imagem do Reino Unido, a Rainha Charlotte - que na série é interpretada por uma atriz negra e agitou as redes sociais - tornou-se o rosto da família real. Quando estavam sozinhos, o rei e a rainha tinham pouco contato e ela o evitava. Tudo isso, explica que o rei chame a atenção pela sua ausência e que os membros da corte falem pouco dele, além da sua fama de ''o Rei louco que perdeu a América''.
O que de fato havia de errado com o Rei não é certo. O monarca sofria de convulsões, divagações, depressão, incapacidade de andar e até mesmo perda de audição, visão e memória. Porém, o que é realmente concreto é que George III sofreu muito, principalmente pela morte de sua filha Princesa Amélia, outra figura histórica real que foi transformada em personagem em Bridgerton rapidamente quando o rei pergunta onde ela está. O monarca sofreu uma grave depressão após a morte de Amélia, a mais jovem de seus 15 filhos e por quem era extremamente apegado. Apesar de já estar doente, após sua filha morrer de tuberculose, o acontecimento acabou o levando à loucura.
A atriz Golda Rosheuvel - que interpreta a Rainha Charlotte - revelou ao Insider que o showrunner Chris Van Dusen levou em consideração as teorias dos historiadores de que George tinha transtorno bipolar e porfiria, um transtorno genético sanguíneo que causa alucinações e paranóia. Além disso, a atriz também disse que sua cena favorita de gravar foi a que eles falam sobre a morte da filha. "Essa foi a primeira cena que fiz com ele", disse Rosheuvel, "Antes disso, foram bailes e bailes e festas do chá. Foi a primeira vez que eu pude mostrar o seu lado íntimo e privado e eu estava muito animado para que isso fosse visto pelas pessoas."
A trama misteriosa do rei é, sem dúvida, essencial para o desenvolvimento da personagem de Golda. Ainda segundo ao Insider, Rosheuvel disse: "Em público, ela é muito luxuosa. É muito divertida. É muito travessa. É muito real. Há uma posição de poder. Em particular, acho que você a vê como um ser humano real que ama desesperadamente o marido e é tendo que lidar com o desconhecido ", disse Rosheuvel.
Será que a segunda temporada de Bridgerton levantará algum drama da Rainha Charlotte? É bom lembrar que a série é produzida por Shonda Rhimes, de Grey's Anatomy, e ela adora explorar o passado de personagens femininas fortes, além de termos terminado a série com a rainha iniciando uma caçada à Lady Whistledown. Será que isso pode atrair a misteriosa Whistledown para seu passado?