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    Emmy 2020: Entenda a disputa nas categorias de drama

    De Succession a Stranger Things, conheça a briga pelo Oscar da TV.

    Vida de seriador não é tarefa fácil. Demanda um investimento emocional, seja em maratonas ou episódios semanais; uma memória potente para recordar cada reviravolta; e fazer torcida na temporada de premiações. O Emmy Awards 2020 se aproxima e o AdoroCinema já fez suas apostas sobre quem levará estatuetas para casa. Porém, chegou o momento de ter um olhar mais aprofundado por trás de certas categorias consagradas. Hoje, vamos analisar os indicados na briga pelo prêmio de melhor drama - que sem um Game of Thrones ou franco favorito, se mostra bem dramática por si só.

    O Emmy Awards acontece no dia 20 de setembro. Fique de olho na cobertura do AdoroCinema!

    Better Call Saul

    O spin-off de Breaking Bad conseguiu sair da sombra da série original, provando ser competente e brilhante. Não é a toa que Better Call Saul aparece pela quinta vez na disputa de melhor drama, com todas as temporadas concorrendo em seus respectivos anos. Tendo dito isso, é chocante como a obra nunca conseguiu levar um prêmio para casa. Em 2020, a obra se encontra com "apenas" sete indicações. Apesar de estar na disputa principal, a esnobada de seu elenco (apenas Giancarlo Esposito está concorrendo por ator coadjuvante) mostra que perdeu força dentre os membros da Academia. Porém, não o descarte completamente, pois conseguiu emplacar dois episódios na categoria de roteiro, com "Bagman" e Bad Choice Road".

    The Crown

    Sempre consistente é o amor da Academia por séries britânicas. The Crown surge na briga com sua terceira temporada, provando que a mudança de elenco foi aprovada pelo público — tanto que Olivia ColmanHelena Bonham Carter estão concorrendo em melhor atriz e atriz coadjuvante, respectivamente. No total, foram 13 as lembranças para a série de Peter Morgan. Só que a grande arma da série da Netflix parece ser o episódio "Aberfan", sobre uma tragédia real que aconteceu no Reino Unido. Tal capítulo aparece nas categorias de roteiro, fotografia e direção (onde também surge a season finale "Cri de Coeur"). Neste ano, não parece ser a absoluta favorita, porém todo ano é premiada em alguma disputa importante. 

    The Handmaid's Tale 

    É inegável o impacto político e social que The Handmaid's Tale teve em sua primeira temporada. Tendo dito isso, tal aclamação vem caindo ao longo dos anos. Porém, sua terceira temporada (bem mais elogiada que a segunda) conseguiu retomar a vaga da série na briga principal. Além de categorias visuais, o elenco ainda segue representado por Samira WileyBradley WhitfordAlexis Bledel — que concorrem como melhor atriz coadjuvante, ator coadjuvante e atriz convidada. É importante ressaltar que os três já ganharam prêmios como convidados, mostrando como os intérpretes tem apoio da Academia. Mas interessante é que a principal representante de tal obra, Elisabeth Moss, ficou fora da disputa de atriz. Isso é um sinal vermelho (sem piadinha intencional) para THT.

    Killing Eve

    Após o fenômeno Fleabag, quase tudo que Phoebe Waller-Bridge vira ouro (menos Run, pelo visto). Após ser roteirista na primeira temporada, ela surge apenas como produtora executiva em Killing Eve , algo que vem afetando a qualidade da série nos últimos dois anos. Mesmo assim, conseguiu oito indicações em 2020. Se está fora das brigas de roteiro e direção; o que prejudica suas chances como drama; o elenco segue queridinho, vide as presenças de Jodie Comer (ganhadora do ano passado), Sandra OhFiona Shaw na lista, novamente. Suas chances de vitória são menores neste ano, porém mostra que ainda tem espaço cativo dentre as atenções da Academia, que tenta compensar sua esnobada num primeiro ano.

    The Mandalorian

    Olha quem chegou de mansinho e deve acabar abocanhando diversas estatuetas! A Disney+ faz uma estreia caprichada na lista de indicados ao prêmio. Além da fofura de Baby Yoda, The Mandalorian se destaca nas categorias técnicas (incluindo três indicações apenas na disputa de edição) — tanto que conseguiu uma vaga na briga de drama. A trama de Jon Favreau foi lembrada 15 vezes, incluindo para os trabalhos de Giancarlo Esposito e Taika Waititi, como ator convidado e dublador, respectivamente. A primeira vista, pode parecer não ter muitas chances aqui, mas justamente conta com o apoio de todos os votantes que trabalham com os aspectos técnicos da TV. E isso é muita gente. Já viu quantas categorias existem no Emmy? Pode ser uma surpresa, fazendo história no universo Star Wars.

    Ozark 

    Você conhece alguém que assiste Ozark? Provavelmente não, mas o que ela não tem de apelo público, tem de apoio da Academia. Ano passado, ela já saiu vitoriosa em categorias importantes como atriz coadjuvante (Julia Garner) e direção (Jason Bateman); e parece que surge ainda mais forte em 2020, com 18 indicações — série dramática mais indicada da noite junto com Succession. No total, quatro episódios estão concorrendo nas categorias de roteiro ("All In", "Boss Fight" e "Fire Pink") e direção (também "Fire Pink" e "Su Casa Es Mi Casa"). Dessa vez, Bateman não concorre como diretor, mas tem grandes chances como ator, assim como Laura Linney surge como favorita na disputa de atriz, aos 45 minutos do segundo tempo. A Netflix pode separar espaço na prateleira pras estatuetas.

    Stranger Things

    Por outro lado, Netflix tem um fenômeno de público em Stranger Things, que parece ainda ter algum apoio da Academia para surgir na briga de melhor drama. Sendo lembrada oito vezes na lista, essa é a única indicação de destaque para a série, que aparece mesmo em categorias técnicas, como efeitos visuais e edição. Sua fraqueza em 2020 também surge pela ausência de nomes como Millie Bobby BrownDavid Harbour nas disputas de atuações. Porém, a terceira temporada da série dos irmãos Duffer merece elogios, mantendo o carinho dos votantes. Não está com o mesmo status que já teve um dia (e algo como The Mandalorian apresenta por agora), mas é o suficiente para seguir entre os figurões da TV.

    Succession

    Por onde começar com Succession? No ano passado, ela teve apenas cinco indicações, mas já mostrou sua força levando o prêmio de roteiro (e música-tema). Hoje, ela empata com Ozark em 18 indicações, o maior número dentre as séries dramáticas. Crescendo a partir do famoso "boca a boca", a nova representante da HBO nas temporadas de premiações surge querida pela crítica, com uma segunda temporada ainda mais influente, conversando com os dias atuais. Basicamente, todo o elenco principal concorre nas categorias de ator, atriz coadjuvante e ator coadjuvante. Já a finale "This Is Not For Tears" é uma das favoritas na briga de roteiro, além de edição e direção (onde compete com outro de seus próprios episódios, "Hunting"). As chances de sair de mãos abanando são bem pequenas, mais uma vez mostrando a influência da HBO no Emmy. Achavam que Westworld seria o novo Game of Thrones? Pensaram errado.

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