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    Killing Eve: As inspirações para Villanelle, a serial killer mais carismática da TV

    Uma terrorista espanhola, uma psicopata americana e um best-seller britânico deram origem à personagem de Jodie Comer.

    Do pouco que sabemos sobre Villanelle, temos uma única certeza: a serial killer vivida por Jodie Comer não gosta de passar despercebida. Ela veste as roupas mais caras do mundo, não guarda nada além de champagne em sua geladeira, fala mais línguas do que o Papa, e mata para se livrar do tédio. Ela é uma badass sofisticada e está de volta para a terceira temporada de Killing Eve, que chega ao Globoplay hoje (20/08).

    Dona de um carisma inigualável, a anti-heroína caiu nas graças do público. Ela saiu das páginas de "Codinome Villanelle", livro best-seller de Luke Jennings que ganhou sua adaptação para a TV em 2018, assinada por Phoebe Waller-Bridge. Enquanto o autor da obra se inspirou em uma terrorista espanhola, a criadora da série (a mesma da aclamada Fleabag) buscou referências em uma psicopata americana. Da mistura entre realidade e ficção nasceu a personagem.

    Nos novos episódios, Villanelle retoma sua trilha de assassinatos pela Europa e parece não ter esquecido sua amada Eve Polastri (a agente secreta interpretada por Sandra Oh). Para preparar o estômago, decidimos investigar as inspirações por trás da criminosa, reunindo aqui as principais e mais sombrias.

    KILLING EVE É BASEADA NO BESTSELLER "CODINOME VILLANELLE"

    A personagem Villanelle fez estreia em 2014, quando Luke Jennings publicou o primeiro de quatro contos sobre uma jovem russa que atua como assassina de aluguel e não sente um pingo de culpa ao eliminar seus alvos. Em artigo para o jornal The Guardian, o autor britânico explicou que Villanelle já veio pronta. "Eu acordei e a vi parada ali: uma filha do caos pós-soviético, tão brilhante quanto feroz", revelou.

    Apaixonado por thrillers de espionagem, Jennings se cansou do protagonismo masculino típico do gênero e idealizou uma vilã digna do século 21 - sedutora, bem-humorada, estilosa e empoderada. "Matar é apenas um expediente para Villanelle. Ela aprecia seu trabalho e é muito boa nisso", escreveu Jennings no jornal Daily Mail. A recompensa? Um apartamento em Paris, um passaporte cheio de carimbos, uma conta bancária ilimitada, e um guarda-roupa que daria inveja a Carrie Bradshaw.

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    TERRORISTA ESPANHOLA SERVIU DE MODELO PARA A VILLANELLE DO LIVRO

    Durante a edição online do festival literário Lyme Crime, Jennings declarou que a ideia de criar Villanelle lhe ocorreu enquanto lia sobre uma terrorista espanhola acusada pela morte de 23 pessoas. Conhecida como La Tigresa, Idoia López Riaño integrava uma organização armada separatista, a ETA, que realizou atentados, sequestros e assassinatos na Espanha, entre 1968 e 2010.

    Segundo Jennings, La Tigresa era "uma psicopata desprovida de qualquer empatia". Famosa por sua beleza, ela não seguia regras e tinha uma vida sexual bastante ativa. Seu poder de sedução facilitava os serviços como matadora do grupo, mas sua vaidade extrema prejudicou algumas missões. Certa vez, relatou o autor, ela deixou escapar um alvo "porque estava fascinada com a vitrine de uma loja e com o próprio reflexo". La Tigresa ficou 23 anos presa e, desde 2017, se encontra em liberdade.

    A PSICOPATA AMERICANA QUE SURPREENDEU PHOEBE WALLER-BRIDGE

    Para transformar o livro em série, Phoebe Waller-Bridge precisou varrer o Google atrás de outras mulheres psicopatas. E sua busca a levou até Angela Simpson, uma americana condenada à prisão perpétua pelo assassinato de um cadeirante. Waller-Bridge descobriu uma entrevista gravada dentro da cadeia, na qual Angela descreve friamente todo o mal que infligiu à vítima. "Ela soa mais como uma psicopata do que qualquer um já soou", disse a atriz e roteirista ao The New York Times.

    Em agosto de 2009, Angela atraiu o homem de 46 anos para sua casa e, durante três dias, o torturou brutalmente. Depois de matá-lo, desmembrou o corpo e ateou fogo em algumas partes. Ao ser questionada se sente remorso por suas ações, Angela ri para a câmera e solta um "de jeito nenhum". Em seguida, confessa que só se arrepende de não o ter machucado mais.

    O plot twist surge no final do vídeo, quando a criminosa muda drasticamente seu comportamento e, muito animada, pede à equipe que a faça sair bem na edição. "De repente, ela soa tão feminina", contou Waller-Bridge, surpresa. O tal trecho serviu de inspiração para a Villanelle de Jodie Comer, que oscila entre uma serial killer implacável e uma adulta egocêntrica, com um senso de humor quase infantil.

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    ONDE ASSISTIR À KILLING EVE

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    Exibida originalmente pela BBC America, a série estreou em 8 de abril de 2018. Em novembro do mesmo ano, entrou para o catálogo do Globoplay, que agora disponibiliza as três temporadas com exclusividade. A quarta leva de episódios já foi confirmada, mas as gravações ainda não começaram devido à pandemia de Covid-19. Parece, então, que Villanelle só vai voltar a dar as caras em 2021.

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