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    Mindhunter: Tudo que você precisa lembrar antes de ver a 2ª temporada

    Já faz 84 anos...

    Fãs de Mindhunter, vocês estão de parabéns! Após quase dois anos de espera, a segunda temporada do drama finalmente está chegando ao catálogo da Netflix. Porém, a série ficou tanto tempo esquecida no rolê, que muitos já esqueceram o que aconteceu na trama criada John Penhall e coproduzida por David Fincher e Charlize Theron.

    Mas não se desesperem! O AdoroCinema está aqui para ajudá-los a relembrar os principais acontecimentos da primeira temporada, onde ficou cada personagem na fila do pão e até mesmo o nome daquele serial killer que você nem recordava que existia!

    Ambientada no final dos anos 70, a série gira em torno do agente do FBI, Holden Ford (Jonathan Groff), um negociador de reféns frustrado que acaba indo trabalhar com o veterano Bill Tench (Holt McCallany). Os dois começam um projeto que visa o estudo de uma nova categoria de criminosos, inicialmente classificados como "assassinos sequenciais". Enquanto viajam para ministrar palestras sobre comportamento criminoso em departamentos de polícia, eles entrevistam assassinos condenados e acabam se envolvendo em pequenas investigações locais.

    Com uma habilidade surpreendente de se colocar nos lugares tanto da vitima quanto do criminoso, é Holden quem move a série e, aos poucos, a dupla dá início a Unidade de Ciência Comportamental, um novo departamento do FBI. Para dar mais credibilidade ao estudo, a consultora em psicologia comportamental, Wendy Carr (Anna Torv), se junta ao time. Um dos primeiros entrevistados é Edmund Kemper (Cameron Britton), o gigante assassino. Seu primeiro assassinato aconteceu aos 15 anos, quando matou os avós. Liberado do hospital psiquiátrico aos 21 por bom comportamento, ele matou mais oito pessoas, incluindo sua mãe. Conhecido como Matador de Colegiais, Kemper acreditava que nunca seria capturado, por conta de sua inteligencia e carisma. Assim, usando um telefone público, ele ligou para a delegacia mais próxima e se entregou.

    Entre os altos e baixos da parceria, Holden e Tench também entrevistam Richard Speck (Jack Erdie), Monte Ralph Rissell (Sam Strike) e Jerry Brudos (Happy Anderson). Em julho de 1966, Speck invadiu um dormitório, onde rendeu 8 enfermeiras, que foram agredidas, estupradas e mortas através de enforcamentos e facadas. Apenas uma jovem sobreviveu, pois se escondeu embaixo da cama. Quando perguntado o motivo do crime, ele simplesmente respondeu: "Não foi a noite delas".

    Rissell ficou conhecido por ter começado a praticar seus crimes com apenas 14 anos. Ele estuprou 12 mulheres e matou cinco delas antes de ser preso, aos 19 anos. Monte foi condenado a uma sentença de quatro prisões perpétuas. Após dois encontros com ele, os agentes do FBI  constatam a existência de duas subcategorias de assassinos em série, que estariam diretamente ligadas ao nível de inteligência do criminoso e ao seu senso de organização e planejamento.

    No sexto episódio da série, Wendy chama Brudos de "o rei dos souvenirs". Condenado a prisão perpétua pelos assassinatos de quatro mulheres, ele guardava uma extensa coleção dos sapatos de suas vítimas. Na prisão, ele se tornou colecionador de catálogos de calçados, até o dia de sua morte. Aos poucos, Holden começa a não seguir as regras impostas pela consultora para realizar o estudo, gerando um desconforto entre a equipe.

    Holden se transforma em uma figura polêmica dentro do FBI e a relação que ele consegue estabelecer com os assassinos que estuda é destacada durante toda a temporada. Esse paralelo aborda questões aparentemente comuns que podem influenciar as ações dos criminosos. Sua namorada, Debbie (Hannah Gross), é uma figura importante na exploração desse tema, representando a segunda onda do feminismo com suas ideias sobre gênero, relacionamentos e psicologia; assim como seu status de universitária, que chega a influenciar Holden.

    É justamente esta relação que explica por que grande parte dos assassinos em série mais famosos, especialmente aqueles cujas vítimas eram mulheres, atuaram durante a década de 1970, e Mindhunter representa esse aspecto da época muito bem. É ainda o conflito do protagonista com Debbie e o término de seu namoro que o leva ao marcante final da primeira temporada, quando Holden, após ser atacado por Ed Kemper, acaba caído no chão em desespero, sussurrando que vai morrer.

    Ao longo dos episódios, são exibidas cenas de um personagem levando uma vida aparentemente normal em Wichita, Kansas. Na realidade, ele é Dennis Rader (Sonny Valicenti), também conhecido como o estrangulador BTK (bind, torture, kill). Autor de dez assassinatos entre os anos de 1974 e 1991, Rader tinha como marca registrada amarrar, torturar e matar suas vitimas. Resta saber quanto trabalho ele vai dar para os investigadores.

    Já está confirmado que a segunda temporada acontece entre 1978 e 1981, dois anos após os eventos do primeiro ano da série, e deve focar nos assassinatos de pelo menos 28 acrianças e adolescentes, todos negros, na capital da Geórgia. De acordo com anúncio feito por Fincher anteriormente, os novos episódios também vão abordar os crimes de BTK, o culto de Charles Manson (Damon Herriman) e o caso do Filho de Sam.

    Mindhunter retorna ao catálogo da Netflix nessa sexta-feira, 16 de agosto.

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