É impossível retratar um dos maiores desastres da história da humanidade sem direcionar uma porcentagem considerável da narrativa para o drama e a tragédia. No entanto, nem sempre as tramas precisam falar o tempo inteiro a respeito da questão mais óbvia envolvida. O roteirista e shworunner de Chernobyl, Craig Mazin, realizou um ótimo trabalho ao fugir do lugar comum e mostrar outros detalhes que circularam a ocasião.
Durante uma entrevista para a Vox, Mazin explicou a razão de suas escolhas e as justificou com a saturação natural que a mídia realizou: "Existem pontos da história que todos já conhecem. E essas histórias, para mim, são aterrorizantes e chocantes. Ao criar algum conflito a partir disso, eu prefiro ir por um caminho menos dramático, menos chocantes e menos sensacionalistas, porque eu já tive o suficiente disso", contou.
Em certos momentos da minissérie, é possível notar, também, que muitos arcos são rapidamente explorados sem muitas conclusões, apenas para que o desenvolvimento geral seja construído da melhor maneira. Segundo Craig, sua intenção era evidenciar os sacrifícios e problemáticas sem necessariamente precisar sempre exibir as consequências óbvias.
Estrelado por Jared Harris, Emily Watson e Stellan Skarsgård, o último episódio de Chernobyl vai ao ar nesta sexta-feira (7/06), às 21h, na HBO. Confira as primeiras impressões do AdoroCinema!