Big Little Lies fez tanto sucesso na primeira temporada que a HBO decidiu ouvir a voz do público e renovar a série para uma segunda, ainda que nada tivesse sido previamente planejado. O primeiro desafio era criar uma história para além do livro homônimo de Liane Moriarty (“Pequenas Grandes Mentiras”, ed. Intrínseca), que foi adaptado nos oito episódios iniciais. Há mais coisas a dizer a respeito destas mulheres de Monterey? Felizmente, a resposta foi sim.
A primeira grande inclusão para a segunda temporada de Big Little Lies foi também o primeiro grande indício que mesmo os mais céticos com a renovação teriam no mínimo a curiosidade acesa: Meryl Streep. A atriz indicada ao Oscar 21 vezes vive Mary Louise Wright, mãe de Perry (Alexander Skarsgard), e chega para bater o martelo e confirmar que estamos diante de um dos elencos femininos mais poderosos já vistos na televisão: Reese Witherspoon, Nicole Kidman, Laura Dern, Zoë Kravitz e Shailene Woodley dividem a cena com a poderosa de O Diabo Veste Prada, Kramer vs. Kramer e tantos outros.
Mas por mais poderosas que sejam, Madeline (Witherspoon), Celeste (Kidman), Renata (Dern), Bonnie (Kravitz), Jane (Woodley) e Mary Louise nunca estiveram sozinhas. Se o grande motor da primeira temporada eram os acontecimentos que levaram este improvável grupo de cinco mulheres a se tornar uma unidade — a misteriosa morte de um dos membros daquela comunidade, que descobrimos no final da temporada ser de Perry, e com a qual elas têm uma ligação direta —, a segunda dá um passo além e estuda com mais profundidade as consequências psicológicas de tudo aquilo nas vidas de cada uma delas. E, para isso, seus maridos têm um papel essencial.
Adam Scott (Ed Mackenzie), Jeffrey Nordling (Gordon Klein), James Tupper (Nathan Carlson) e Douglas Smith (Corey Brockfield) bateram um papo com o AdoroCinema antes da estreia da 2ª temporada de Big Little Lies, e contaram sobre as suas jornadas para retornarem aos papéis, a rotina no set com Meryl Streep e por que eles não devem ser o foco da história.
Da primeira temporada para a segunda
Uma grande diferença estrutural da primeira temporada para a segunda está nos bastidores; os primeiros episódios foram todos dirigidos por Jean-Marc Vallée (Clube de Compras Dallas, Livre, Sharp Objects), mas os sete episódios da segunda passam para o comando de Andrea Arnold (Aquário, Docinho da América). A mudança é evidente, sobretudo para aqueles que conhecem mais a fundo o estilo de Vallée. A câmera é consideravelmente menos subjetiva, mas algo sobre o ponto de vista dele é mantido, sobretudo porque o cineasta segue como produtor executivo e auxilia na montagem.
“Eu poderia dizer que o set é muito divertido, que nós ficávamos brincando e fazendo pegadinhas, mas não é”, explica bem-humorado James Tupper, que interpreta o marido de Bonnie. “É super sério. Você chega, você sabe suas falas e está trabalhando em algo diferente. Todo mundo sussurra. Em um bom set, todo mundo sussurra [...] porque eu acho que tem que ser um lugar quieto e focado, você está contando uma história e nem todo mundo leu o roteiro. Então você tem que criar esse lugar para fazer isso.”
“Andrea foi super acolhedora, ela fazia quantas tomadas você quisesse, era fluida com a câmera. Bons diretores são responsivos às emoções. Então se você mostrasse algo, ela percebia e dizia: ‘Isso foi bom, faça isso’. Ela andava pelo set e era lindo. Ela é muito subjetiva [...], então é muito interessante colocar isso em um drama-comédia. Tem muitas coisas engraçadas nisso, particularmente Ed [Mackenzie]. Ela conseguiu navegar tudo isso lindamente.”
A afirmação de Tupper é confirmada tanto por Nordling quanto por Scott, que comparam os ambientes das duas temporadas e explicam que são experiências distintas, mas complementares.
“Acho que [Nicole Kidman e Reese Witherspoon] tentaram achar uma mulher [para a direção da 2ª temporada]”, declara Nordling. “Eu amo Andrea, amo sua sensibilidade e sua energia no set. Jean-Marc, eu sairia com ele depois do trabalho. Eu o amo, mas ele é muito diferente da Andrea. Amo os dois. Jean-Marc é ‘boom boom boom’, você nunca sabe. É muito empolgantes, eu amava. Você não ensaia, eu entrava no set e ele dizia: ‘Câmeras gravando’ e eu: ‘Mas eu não estou pronto ainda’; ‘Ótimo, vamos gravar’. Andrea era muito calma e brincalhona. Eu amo os dois.”
Voltando à rotina
Entre o fim da primeira temporada, a renovação, as filmagens e a estreia da segunda passaram-se dois anos, um tempo que foi sentido de forma diferente entre os protagonistas e utilizado para a concepção da história. Mas Nordling conta que o retorno para a rotina foi completamente orgânico, e que o intervalo fez bem tanto para a série quanto para o elenco.
“Tem sido muito divertido, muito divertido. É uma daquelas coisas totalmente inesperada. Nós vimos a primeira estourar, e quando estourou foi uma coisa de uma ou duas semanas. Foi tudo escrito antes disso acontecer, então quando estourou eu fiquei maravilhado. Eu não fiquei surpreso de voltar, mas fiquei surpreso porque elas foram capazes de conciliar as agendas tão concorridas de todas essas mulheres.”
“Mas foi ótimo ter todo mundo de volta. Quando você faz uma série, você faz o mesmo personagem durante muito tempo. Mas aqui nós tivemos 2 anos de férias e então pudemos estar de volta com o mesmo time. David E. Kelley fez o roteiro, pude trabalhar com Laura Dern de novo. Me diverti bastante.”
A retomada da história...
A segunda temporada de Big Little Lies começa alguns meses após o final da primeira, com o início de um novo ano escolar e as mulheres de volta às suas rotinas. Celeste tenta cuidar de Max e Josh (Nicholas e Cameron Crovetti), e conta com a ajuda de Mary Louise para isso, lidando com alguns sentimentos conflitantes: o alívio por estar livre de um relacionamento violento e abusivo, a culpa por ter parte na morte de Perry, a incerteza a respeito do que falar para os filhos e muita culpa, por sentir falta do falecido marido.
Nos três primeiros episódios, notamos que o foco da temporada está um pouco diferente; o objetivo agora é analisar as vidas de cada uma delas dentro das famílias. Por isso, há menos momentos das cinco juntas, mas há mais ação para os seus coadjuvantes.
Madeline, sempre um ponto vibrante de luz e energia — Witherspoon volta com tanta força à personagem que fica ainda mais evidente o quão subestimada ela foi na primeira temporada durante as premiações — é obrigada a lidar de frente com os seus próprios problemas, pois os segredos que ela escondeu de Ed voltam para assombrá-la, e a relação com Abigail (Kathryn Newton), a filha adolescente, está ainda mais estremecida. O casamento abalado faz com que os dois recorram à terapia, o que promete não ser uma tarefa fácil para Madeline Martha Mackenzie.
“A terapia foi divertida de filmar porque as cenas são empolgantes”, adianta Scott. “Eu acho que os dois precisam [daquilo], mas talvez eles não estivessem prontos. Nenhum deles encarou a razão exata de estarem lá”, explica, revelando que o público verá um lado menos passivo de Ed nesta nova temporada.
“Eu acho que foi interessante porque eles estavam fragilizados no final da primeira temporada. Claro que esse evento traumático acontece para todos os personagens e também para a comunidade. Na segunda temporada nós começamos a ver a poeira desse evento baixar. É perto daquela época quando os cacos do que eles estavam passando antes desse evento traumático começam a aparecer, isso tudo está emergindo um pouco. Acho que como resultado, Ed está procurando por sua identidade independente de Madeline. Porque eu acho que ele prendeu muito a personalidade dele à dela para protegê-la e apoiá-la emocionalmente. Então eu acho que quando nós os acompanhamos na segunda temporada, você o vê fingindo um pouco e procurando sua identidade fora desse relacionamento. Até sua maneira de se vestir está mudando um pouco”, afirma.
“Sempre que você recebe um material assim é um estouro. David E. Kelley é um mestre em escrever para televisão. Sempre que você recebe cenas que são escritas tão lindamente assim, é um estouro. E você pode fazer essas cenas com os melhores atores vivos. Eu acho que não há nenhuma desvantagem [em cenas dramáticas], não poderia ser melhor. [Reese Witherspoon] é muito habilidosa, mas muito livre e generosa. Então sempre que fazíamos uma cena, eu sabia que seria especial e eu terminaria em outro lugar que não esperava. Você faz seu dever de casa, esquece e vai para ver no que a cena se transforma, isso é empolgante. Quando você trabalha com alguém desse patamar, é excitante porque você nunca sabe exatamente para onde a cena vai te levar.”
Para Bonnie, responsável direta por ter empurrado Perry, o retorno é provavelmente o mais sensível. A personagem está completamente catatônica, e sente muitas dificuldades de lidar com o que ela mesma fez e de se comunicar com Nathan, o marido. Isso acaba sendo uma boa oportunidade tanto para Kravitz, que tem mais o que fazer com a personagem nesta temporada que na primeira, e também para Tupper.
“Acho que qualquer cara teve essa experiência, quando a esposa de repente se torna muito emotiva e se fecha”, conta o ator. “Obviamente, o único lugar em que o homem foi ensinado a lidar com isso foi com ele mesmo, tipo: ‘Claramente sou eu que estou fazendo algo errado.’ Então isso foi divertido. Mas eu acho que perder um amor foi um trauma forte que Nathan experimentou. Uma das melhores coisas dessa nova temporada é que existe uma nova vida, todos estão escondendo [algo] e Nathan está bem no centro de uma mentira, sem conseguir chegar na base disso. É igual a Monalisa. Ela está escondendo algo, quase sorrindo.”
A sempre meteórica Renata Klein chega para roubar cenas na segunda temporada com gritos e muita energia. O casamento com Gordon terá problemas, causados mais por ações dele do que dela, mas são fatos que farão os dois terem que enxergar os lugares que ocupam na sociedade e ver as diferenças que existem entre ambos.
“Você nunca sabe o que vai acontecer com a Laura e isso é muito empolgante”, explica Nordling. “Ela é muito destemida, me lembra um pouco a Holly Hunter, porque ela pode interpretar tragédia, mágoa, ódio e ser cômica ao mesmo tempo. Isso é difícil, muito difícil tecnicamente e ela lida com isso simultaneamente e sem esforço. Ela é muito aberta como parceira. Eu me divirto muito e eu amo a relação deles na primeira temporada porque é o único casamento bom. Ela é a fera que eu quero odiar, mas Gordon a ama e entende”, declara.
“[Mas], para ser sincero, eu fiquei triste porque, como eu disse, era o único casamento bom. Eu até resisti um pouco, sabe? Tipo, poxa... era um relacionamento bom! Mas ainda pode ser, com o que acontece. Ele só comete um erro. Ele só entra no que eu acredito ser uma crise da meia-idade. Ele tem tudo e ele quer sentir medo mais uma vez”, justifica, a respeito dos desenvolvimentos iniciais do personagem na temporada (nada de spoiler!)
De qualquer forma, o ator promete que o público verá um pouco mais dos homens este ano: “Sim, você vão ver a gente f*der com tudo com maior frequência. Eu acho que tem mais história para contar nas relações. Tirando a história, tem a mentira, essa é a coluna. Dentro dessa coluna há as relações, os maridos, as carreiras, a sogra — que é Meryl Streep. Foi o que eu disse no primeiro dia. Nós estávamos filmando, eu disse ‘oi’ para todo mundo, vi Reese, dei um abraço nela, e ela disse: ‘Meryl Streep está lá dentro’. Ver essas mulheres com carreiras completamente singulares de outros atores… é fantástico.”
...e por que os homens importam, mas não são o foco
“As mulheres deviam comandar tudo. Esse é o ambiente mais funcional e prazeroso. Reese [Witherspoon] e Nicole [Kidman] são produtoras excelentes. O ambiente é divertido. Não existem muitas cenas com todos nós juntos, mas as que têm são muito divertidas. Eu sou abençoado!”
É assim que Adam Scott resume o trabalho em Big Little Lies. Para o ator, a série faz parte do coro reforçado pelo movimento #MeToo, mas considera que ainda há muito trabalho pela frente.
“Nós precisamos de mais vozes no entretenimento. Não só de mulheres, mas de negros, de mulheres negras. Nós precisamos dessas vozes! Eu não preciso ver mais uma série sobre homens, brancos, de meia idade, tentando administrar o trabalho e os filhos. Nós precisamos de outras histórias e acho que estamos chegando lá e isso é empolgante. Então, no meu ponto de vista, é ótimo, é empolgante. A televisão está melhor que nunca por causa dessas outras vozes emergindo”, finaliza.
James Tupper concorda:
“Eu acho que os papéis que as mulheres fortes ocupam têm vulnerabilidade e são multidisciplinares. Eu conheci a Jennifer Salke, que era presidente da NBC e agora é da Amazon, e eu fiquei chocado porque ela não estava tentando de forma alguma ser ‘durona demais.’ [...] Ela podia conversar ao mesmo tempo que fazia mais 6 outras coisas. Eu acho que é assim que sinto essas mulheres poderosas. Eu queria ter mostrado isso para as mulheres que eu amo, que você não precisa mudar nada para ser poderosa. Então, eu acho isso legal, acho que é uma aventura”, conta
“Nós acertamos bem no momento certo”, continua, sobre a linearidade da série com o movimento #MeToo. “Você está contando histórias, está criando isso e você espera que as pessoas vão entender e gostar. Às vezes, é um submarino entrando no mar, ninguém vê e a coisa explode igual fogos de artifício. [Jean-Marc Vallée] me ligou: ‘Você acredita no que está acontecendo com a série? Meu Deus!’. E eu acho que aconteceu no momento certo. Em falar nisso, eu cresci no Canadá e nós sempre tivemos uma perspectiva diferente. Acho que nós meio que passamos por isso nos anos 80, sabe? As mulheres… Você vai assistir a um filme feito no Canadá e a mulher é a produtora, a assistente de direção, a diretora, pode ser qualquer coisa. Aí você volta e os sets americanos são totalmente diferentes, eram vários homens. Então já era hora dessa mudança acontecer.”
E isso, para Jeffrey Nordling, quer dizer que Big Little Lies também é, além de comédia e drama, uma série política: “Não que você vá com a intenção de fazer algo político. Mas só por insistir em pessoas que foram mal representadas por anos, e anos, e anos e estão finalmente podendo contar suas histórias com suas vozes… acho que há algo político nisso.”
O cara novo
O novo “peixe no aquário” de Big Little Lies é Douglas Smith, que interpreta Corey Brockfield. Trata-se de um novo interesse amoroso de Jane, e um personagem que começa a sua jornada sem que o público saiba exatamente quem ele é.
“Espero que [meu personagem] seja uma força de vida positiva. Nós todos somos bem familiarizados com masculinidade tóxica. Isso existe e é muito problemático, mas a masculinidade nem sempre tem que ser tóxica. Essa foi uma coisa em que eu pensei muito para interpretá-lo. Eu espero que isso possa ser um aspecto dele como pessoa.”
Mas os desafios de Smith (The Alienist, Big Love) com a personagem de Woodley passam pela delicada situação de ela estar em um período pós-trauma. A ligação de Corey com Jane faz com que ele lide diretamente com o trauma dela — ou pelo menos esteja próximo de ter uma relação mais direta com isso e precisar aprender o que fazer nesta situação.
“Eu fiquei fascinado com o estresse pós traumático quando escrevi um trabalho na faculdade sobre isso”, conta o ator. “Acho que está sendo mais entendido, mas ainda temos um longo caminho pela frente. Então é muito empolgante, foi uma das primeiras coisas a que eu reagi. Assisti à primeira temporada, tive a oportunidade de trabalhar na segunda e eu quis aprender mais e fiquei muito empolgado para ver como eu lidaria com isso conforme pegava os roteiros.”
O dia-a-dia com Meryl Streep
Se você acha que os astros de Hollywood também não perdem o chão com Meryl Streep, muito se engana. Para o elenco da série, parte da graça está em dividir espaço com uma linha tão estrelada de atrizes, e encontrar com a intérprete de Mary Louise Wright pela primeira vez foi um momento inesquecível para muitos deles.
James Tupper conta:
“Eu fiquei um pouco deslumbrado com Meryl Streep quando a conheci. É engraçado porque eu sinto que não fico assim porque eu fico preso e focado no que eu estou fazendo, em contar a história, em sentir o que estamos vivendo. Eu não tenho tempo para essa coisa sem noção porque estou focado na outra pessoa, no que ela quer, no que eu quero.”
Jeffrey Nordling:
“Não, eu não acho que fiquei intimidado, fiquei muito empolgado. Adam Scott conta uma história onde ele conheceu ela pela primeira vez em um projeto e ele foi até ela na leitura, disse ‘oi’ e a Laura vem até ele e fala: ‘Eu vi tudo, você se saiu bem’. Mas eu não acho intimidador porque o talento dela não é intimidador. Ela é uma pessoa que é o ser humanos mais gentil da face da terra. Ela é muito generosa. No último dia ela ficou 1 hora e meia e falou com um por um, escutou as histórias chatas de todo mundo e sorriu. Ela é preciosa, maravilhosa.”
Adam Scott:
“Assim, é a Meryl Streep! Então, obviamente, é uma grande coisa. Mas aí você conhece e não existe nada disso. Eu lembro da primeira vez que eu a conheci, foi na mesa de leitura. Se você é ator, você espera a vida inteira para conhecer a Meryl Streep e espera que possa conhecê-la e trabalhar com ela. Então, eu finalmente tive a chance de conhecê-la. Eu estava conversando com alguém, senti um tapa no ombro, olhei para trás e ela disse: ‘Quero muito que você conheça alguém e é Meryl Streep’. Então você vira, é Nicole Kidman, ela sai e é a Meryl Streep e eu fiquei: ‘Puta merda! O que está acontecendo?’. Eu a conheci rapidamente, ela é um amor. Ela saiu e eu fiquei parado lá, Laura Dern chegou para mim e disse: ‘Eu vi tudo, você se saiu bem. Muito bem, na verdade’. Então é o tipo de coisa que todos sabem o quão incrível… É o momento especial que você conhece Meryl Streep, para todos os atores. Ela é a melhor, a melhor que já existiu e nós temos a oportunidade de estar na série com ela.”
E, por fim, Douglas Smith traz a maior verdade:
“Eu tinha algumas cenas com a Meryl Streep, eu estava muito animado para conhecê-la na mesa de leitura. Sou muito fã dela, obviamente, acho que todo ator é, e a maioria dos humanos também. Então ela estava sentada aqui e nós fizemos uma pausa para o banheiro. Eu achei que ela fosse dar uma volta, ir ao banheiro, mas ela parou e disse: ‘Oi’, e eu disse: ‘Sim, você quer dar uma volta e tal’, e ela: ‘Oi, eu sou Meryl’. Eu estava pensando: “Sim, eu sei que você é Meryl Streep”. Na verdade, essa é uma das coisas mais difíceis quando você conhece essas pessoas, você tem que agir normalmente porque elas ficam: ‘Oi, prazer, sou Nicole’, e eu fico: ‘Ok, eu já sei seu nome, mas tudo bem’, sabe? Você tem que agir naturalmente. É um pouco estranho, mas você tem que ficar tranquilo.”
Big Little Lies estreia neste domingo, dia 9 de junho, na HBO, às 22h.
Laysa Zanetti viajou até Nova York a convite da HBO.