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    O Mecanismo: 2ª temporada faz revisão da anterior, diz Enrique Díaz (Entrevista Exclusiva)

    Para Selton Mello, a nova leva de episódios ‘é tão de época quanto The Crown’.

    Quando estreou, em março de 2018, O Mecanismo recebeu uma enxurrada de críticas, principalmente da “esquerda”, por, entre outras licenças, colocar na boca do personagem João Higino (que claramente faz alusão a Lula) a frase “temos de estancar essa sangria”, dita na vida (ir)real da política nacional pelo líder (à época) do (então) PMDB, Romero Jucá.

    “Tem uma série de questões ali de momento histórico e da cronologia da operação [Lava-Jato, centro da trama da série] que fez com que o foco fosse muito o PT e agora isso muda totalmente”, disse o ator Enrique Díaz, intérprete de um dos principais “vilões” da série, o doleiro Roberto Ibrahim (análogo a Alberto Youssef).

    “Acho que essa segunda temporada traz uma outra possibilidade de compreensão da própria realidade”, ele continua. “Você tem a possibilidade de rever um pouco um ponto de vista que foi mais ou menos estabelecido na primeira. E é uma coisa boa, eu acho”.

    A nova leva de episódios da série da Netflix, disponível desde esta sexta, 10 de maio, na Netflix, terminou de ser gravada em dezembro de 2018 (e aborda o período até o impeachment de Dilma Rousseff, ou melhor, “Janete Ruscov”).

    De lá para cá, o cenário político nacional mudou tanto quanto a opinião do showrunnerJosé Padilha (Tropa de Elite), se não a respeito da operação Lava-Jato, pelo menos em relação ao que o diretor pensa do ex-juiz Sérgio Moro (na coletiva de imprensa, o cineasta chegou a compará-lo com o ex-goleiro Bruno, do Flamengo).

    “A segunda temporada de O Mecanismo é tão de época quanto The Crown”, ironiza Selton Mello. Ele volta ao papel do ex-policial Marco Ruffo, perfeitamente audível desta vez.

    “Mixaram errado na primeira [temporada]”, ele responde as críticas de que não era possível ser ouvido. “Eles mixaram a série como Dolby ‘cinco ponto blaus’ para passar no cinema. Você vê no celular, você vê no laptop, então a narração tem que estar na cara, tem que estar na tela. Eles fizeram amplo, aí não deu para ouvir. Eu falei igualzinho da primeira para a segunda”, garante.

    Confira a entrevista completa no vídeo acima.

     

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