Numa inesperada reviravolta, chega ao fim o processo de plágio contra os criadores de Stranger Things, os irmãos Matt e Ross Duffer. O autor da reclamação, Charlie Kessler, desistiu de seguir com a ação, apenas 48 horas antes do início do julgamento.
Durante os últimos anos, Kessler afirmou que o fenômeno da Netflix utiliza ideias de seu curta-metragem Montauk (2012), cuja trama também envolve crianças desaparecidas, um policial atormentado pelo passado, uma instituição militar e monstros de outras dimensões. Ele ainda declarou como apresentou sua ideia para os Duffers — algo que os irmãos negaram, tentando impedir o julgamento, sem sucesso.
Novos conflitos surgiram quando Kessler fez um pedido para estreitar as acusações, não querendo usar a série completa como evidência no processo. Afinal, Stranger Things também conta com colaborações de outros cineastas e roteiristas, depois do piloto. "Após ouvir testemunhos e conselhos de meus advogados, ficou claro que meu trabalho não teve a nada a ver com a criação de Stranger Things, apesar do que imaginei no passado. Documentos de 2010 e 2013 provam como os irmãos Duffer criaram a série. Como resultado, retirei meu pedido e não falarei mais sobre o assunto", disse Kessler em declaração oficial.
Em resposta, a Netflix está bem feliz com isso. Uma das maiores preocupações na plataforma era a possível necessidade de revelar futuros acontecimentos de Stranger Things e dados financeiros do serviço de streaming durante o julgamento, após ter um pedido de confidencialidade negado: "Estamos orgulhosos da série e de nossos amigos Matt e Ross, cuja visão artística, paixão e imaginação foi capaz de lançar uma obra amada, premiada e bem-sucedida, com muito trabalho duro de sua equipe e elenco."
Ambas as partes se recusaram a comentar se houve algum tipo de negociação financeira ao redor da decisão. Com caminho livre, a terceira temporada de Stranger Things tem lançamento previsto para 4 de julho.