Após um ano de análise, o Tribunal de Los Angeles decidiu dar prosseguimento ao processo movido por Charlie Kessler contra os criadores de Stranger Things, os irmãos Matt e Ross Duffer, que serão julgados por plágio e quebra de contrato implícito.
Kessler afirma que o fenômeno da Netflix utiliza ideias de seu curta-metragem Montauk, lançado em 2012. Ele ainda declara que apresentou tal conceito para a dupla, durante o Festival de Tribecca, dois anos depois. A trama também envolve um garoto desaparecido, uma instituição militar que conduz experimentos em crianças e um monstro de outra dimensão. Para complicar a história, vale lembrar que o título inicial da ficção científica, quando ganhou sinal verde da plataforma, era The Mountauk Project.
Matt e Ross Duffer negaram tais acusações publicamente. Tanto que entraram com um pedido de tutela antecipada, que consiste na antecipação da sentença condenatória, quando uma das partes acredita que o argumento em questão não tem valor. Mas tal ação foi negada, pela falta de provas concretas que tornassem a decisão mais ágil. "Cada lado submeteu declarações se apoiando na credibilidade de cada testemunho, mas há pouca evidência independente verificando a originalidade da ideia. Sem isso, a questão deve ser levada para julgamento, para saber se há similaridades entre os conceitos", explica o documento judicial.
Em declaração oficial, a Netflix já demonstrou apoiar os showrunners de Stranger Things. Por outro lado, os advogados de Kessler comemoraram a decisão: "Agora podemos ignorar as disparidades soltas pelos irmãos Duffer, dizendo que esse caso não tinha mérito. Se isso fosse verdade, ou se eles tivessem a prova de como criaram a ideia, a tutela antecipada teria vencido. Eles perderam. Estamos ansiosos para levar o caso para a corte."
Assim, os trabalhos do julgamento dos irmãos Duffer deve começar em 6 de maio. Por sua vez, a terceira temporada de Stranger Things tem lançamento previsto para 4 de julho.