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    Marotos - Uma História: Websérie brasileira sobre universo Harry Potter é prato cheio para os fãs (Primeiras Impressões)

    Produção independente acompanha Tiago Potter, Remo Lupin, Sirius Black, Pedro Pettigrew, Severo Snape e Lilian Evans na época que estudavam em Hogwarts.

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    Todo fã de Harry Potter já imaginou como seria descobrir mais sobre a história dos pais do bruxinho que sobreviveu e dos Marotos, grupo formado por Tiago Potter, Sirius Black, Remo Lupin e Pedro Pettigrew. Afinal, na saga literária, J.K. Rowling mostra brevemente os eventos a partir da perspectiva de Harry, que por sua vez observa as memórias de Snape. Não é a toa que existem, na internet, inúmeras fanfics sobre o assunto.

    Assim surgiu Marotos: Uma História, websérie brasileira independente e sem fins lucrativos que se propõe a contar os eventos do último ano de Tiago Potter (João Pedro Novaes) e Lilian Evans (Bella Russo) na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, enquanto sobrevivem ao período da Primeira Guerra Bruxa. O AdoroCinema pôde assistir ao primeiro episódio e conta aqui as primeiras impressões da produção.

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    Feito de fãs para fãs, Marotos: Uma História consegue expandir o universo Harry Potter de forma criativa e empolgante. É interessante ver outras versões dos queridos personagens, especialmente de Severo Snape (Leonardo Rocha), e conhecer outros que somente foram citados nos livros, como os futuros pais de Neville, Frank Longbottom (Nathan Leitão) e Alice Prewett (Gabriella Levaskevicius).

    Entretanto, justamente por ser voltado para os fãs dos livros, vai atingir um nicho muito específico. Provavelmente os aficionados que somente assistiram aos filmes ou que não estão lembrados dos detalhes da saga literária, ficarão perdidos na história. O roteiro é bastante direto, e não se atém muito às apresentações dos personagens. Quem não se lembra, talvez não reconheça Régulo Black (Gui Heck), irmão de Sirius, que, nesta versão da história, acompanha Snape na escola.

    Um dos méritos de Marotos: Uma História é trazer brasilidade para o universo bruxo. Enquanto o castelo de Hogwarts é inserido digitalmente, outras arquiteturas típicas do Brasil são incluídas. Ao mesmo tempo, personagens cujas etnias nunca foram divulgada por Rowling ganharam mais diversidade. Não se surpreenda, por exemplo, de ver uma Minerva McGonagall negra.

    É curioso, ainda, que ao apresentar os alunos do sétimo ano de Hogwarts sendo recrutados para a Ordem da Fênix, a fim de combater Voldemort e os Comensais da Morte, a série faz um paralelo direto com os eventos do movimento estudantil de manifesto contra a ditadura militar no Brasil e o fascismo no mundo durante os anos 1960.

    Além de trazer temáticas sérias, a produção consegue apresentar o cotidiano dos adolescentes em uma escola de forma bem fidedigna — salvo o fato que se passa no universo bruxo — sem necessariamente cair nos clichês de séries adolescentes. Deste modo, a amizade, as paqueras e as peripécias dos Marotos são bem representadas pelos atores João Pedro Novaes (Tiago), Chico Suzano (Sirius), Ruan Donorato (Remo) e Ricardo Gaio (Pedro). Curiosamente, o roteiro é escrito por três mulheres — Flora Martins, Luciana Carvalho e Nathalia Bottino, que também dirige a produção.

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    Outro ponto alto é que o projeto consegue superar o baixo orçamento e apresentar efeitos visuais bons. Apesar de o primeiro capítulo não ter apresentado nenhum feitiço sendo realizado, trouxe uma edição do jornal Profeta Diário em movimento, e o quadro da Mulher Gorda, que abre o salão comunal da Grifinória.

    O primeiro episódio de Marotos: Uma História estará disponível no YouTube no próximo sábado (23).

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