Inspirada no livro homônimo de Margaret Atwood, The Handmaid's Tale acompanha uma sociedade teocrática onde as poucas mulheres férteis são obrigadas a viver como aias, gerando filhos para as famílias que estão servindo. Para celebrar sua estreia no Globoplay, a série ganhou um vídeo narrado pela vencedora do Slam SP 2017, Kimani. Confira:
A terceira temporada da produção será lançada nos Estados Unidos em 5 de junho com as adições de Elizabeth Reaser (Crepúsculo, A Maldição da Residência Hill) e Christopher Meloni (Law & Order: SVU) ao elenco. A trama será focada na resistência de June/Offred (Elisabeth Moss) contra o regime de Gilead, enquanto traições, segredos e vinganças vão forçar todos os personagens a tomarem uma posição nessa luta.
Enquanto as duas primeiras temporadas The Handmaid's Tale foram exibidas no Brasil pelo Paramount Channel, agora é o Globoplay que detém os direitos da série. O primeiro ano da produção já está disponível no canal de streaming.
Confira a poesia da artista:
Meu corpo sangra, senhor. Tem dó.
E há quanto tempo eles determinam nossas vidas.
Vestindo azul ou vermelho, no final, somos todas inimigas?
Eu não me reconheço “sob o olhar Dele”, nem a sua voz. Nos dividir e separar é o plano do algoz.
Eu sei. Cada um sabe bem a dor de ser o que é, mas quem é que quer sentir na pele o que passa uma
mulher?
Abençoado seja o fruto! Criada pra servir a qualquer custo.
Só reproduzir, só reproduzir.
E desde quando o senhor se preocupa com o que eu vou sentir?
O que queres de mim, meu bom senhor?
Se eu tenho um preço, mas minha profissão não tem valor.
E eu digo
A liberdade sempre foi palavra ausente no nosso vocabulário. Mulheres de um lado, liberdade do outro, nós
nunca andamos do mesmo lado.
E tá claro. Nós, “sexo frágil” do lar, somos o capacho.
Meu corpo ao outro pertence,
Meu corpo é só pertence.
Quarto de despejo não tem espaço pra quem sente.
E o que sente?
Que corpo treme ao deleito de outrem, mulher não tem direito a nada, só o outro tem.
Todos os dias um abuso, um corpo roubado e o gosto amargo de ser descartável.
Padrão tipo Offred, Ofglen. Perde o nome, a identidade e segue a sina.
- Reproduza, linda menina.
NÃO!
Minha luta nunca será em vão.
As minhas não tardarão, não silenciarão e a isso eu não me presto.
Mostra pra eles mulher, que estar viva por si só já é um manifesto.