E se Rachel, Joey, Chandler, Phoebe, Monica e Ross não estiverem mais lá para você?
Pode ser que isso aconteça em 2019. Após a Warner ter anunciado que planeja um serviço de streaming global de seus conteúdos, com lançamento para 2019, uma ameaça paira sobre o canal de streaming mais popular do mundo. O que fazer quando a Disney e a Warner começarem a retirar os seus conteúdos mais populares para colocá-los em seus próprios canais?
"Conteúdos como Friends provavelmente vão desaparecer da Netflix em 2019, quando a WarnerMedia lançar seu próprio serviço de SVOD," escreveu o analista Rich Greenfield (via Deadline). "À medida que mais criadores de conteúdo lançam seus próprios canais SVOD, como os investidores deveriam pensar sobre o impacto de perderem conteúdos de grande acesso que já estão sindicados?"
Durante a reunião trimestral com investidores, Ted Sarandos falou sobre o assunto.
"Temos sido compradores bastante confiáveis. De forma crescente, alguns dos vendedores têm se tornardo mais complicados, o que significa que há conflitos dentro de suas próprias companhias a respeito do que eles querem vender e quando eles querem vender," pontuou a respeito da janela de exibição.
"Se todos os 'Assassinos da Netflix' por aí se unirem e tomarem de volta suas franquias, isso seria um grande baque," ressaltou Peter Csathy, fundador da consultoria digital CreaTV Media. "A audiência de crianças e famílias representa um número surpreendentemente alto, e crianças assistem a franquias várias vezes. Os pais estão felizes de pagar por esse tipo de 'babá', enquanto o conteúdo estiver lá. Se princesas Disney, Star Wars, Marvel, DC Comics, Pixar e outras mega propriedades saírem do universo Netflix, a companhia certamente sentiria isso."
Vale ressaltar, no entanto, que a Netflix tem investido alto em conteúdos originais, justamente porque a ameaça de iminentes competidores tem pairado no ar há algum tempo. Sarandos ressalta o valor econômico e qualitativo de sucessos como Stranger Things, Queer Eye e Nailed It, e cita ainda a oportunidade em potencial de negociar parceria com transmissoras públicas, como a BBC. Um grande exeplo disso, aliás, veio justamente no início desta semana, quando a Netflix anunciou a produção em conjunto da minissérie Dracula, dos criadores de Sherlock, Steven Moffat e Mark Gatiss.