Desde a primeira temporada, a série da Sony, (Des)Encontros, retrata jovens adultos que, entre suas idas, vindas e tropeços, acabam encontrando suas almas gêmeas.
O AdoroCinema esteve no evento de lançamento da segunda temporada de (Des)Encontros e conferiu os dois primeiros episódios. Produzida e dirigida por Rodrigo Bernardo, a série antológica mescla – nas diferentes histórias – amor e a comédia por meio de narrativas e situações irreais.
Como, por exemplo, no primeiro episódio há uma cena em que Gus (Duda Nagle) é repreendido por um juiz de futebol em meio a um almoço com sua ex-namorada. Ou então, no segundo, em que Amanda (Julia Konrad) aparece em uma das cenas literalmente como um zumbi, cansada de ser machucada por amores passados.
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Apesar disso, arranca diversos sorrisos pela identificação em algumas situações extremamente atuais. Por meio de um humor ágil e atual, foi inserida a questão da influência tecnológica nos romances, que pode surgir apenas a partir de mensagens de convites para sair ou com o vício de mexer no aparelho celular, que pode atrapalhar na hora de conhecer alguém.
“Na maioria das vezes, a tecnologia pode influenciar muito mal. Quanto mais formas de comunicação a gente tem, quanto mais a gente se comunica, menos a gente se conecta com as pessoas. Por me incomodar, eu quis inserir o assunto em vários episódios da série: baixem o celular e se olhem que está tudo aí”, disse Rodrigo Bernardo sobre a influência da tecnologia nos relacionamentos.
“Por um lado, a tecnologia conecta e desconecta. Estamos vivendo essa transição a ela e com certeza está afetando as relações e a série aborda muito bem, fazendo uma crítica com brincadeira sobre o tema [...] essa temática é uma das coisas que torna a série muito atual e faz com que as pessoas se identifiquem”, pontuou Jaqueline Sato, que interpreta Marina.
Fora os finais levemente utópicos e óbvios em tramas de romance e a falta de diversidade no elenco (vide a ausência de protagonistas negros), a série cumpre com o papel de falar da essência do amor, de uma maneira moderna e com a representação de várias histórias românticas.
“A principal preocupação foi não ter uma preocupação. A representatividade, os diferentes tipos de amor existem. Amor é amor, o fato de ter Rafael e Felipe, poderia ser também Tom e Elisa ou Tom e Diego. É natural, na hora de colocar eu me preocupei apenas em falar de amor”, disse o diretor.
“(Des)Encontros é muito pop e descolada, mas comunica sobre o amor”, afirmou Gabriel Godoy, responsável por viver Dani na trama. O artista ainda falou sobre a construção de seu personagem no ano de 2018. “Acho que o solteirão tinha uma coisa muito de ‘garanhão’, pegador, que não funciona mais. O solteirão hoje em dia é um cara que tem uma personalidade forte e que seja convicto de si, feliz, natural e que tenha gentileza – pequenas coisas que estão voltando a atrair”, disse.
"A série aborda o amor uma forma bem leve, mistura várias linguagens bem atuais, como essa nova forma de falar na internet, por exemplo. E aí mistura documentário com ficção, com dramaturgia, com efeitos visuais, com sobreposições de quadros. É bem interessante e dinâmico", completou Duda Nagle.
A série é ambientada em São Paulo e Rodrigo Bernardo falou sobre a escolha do cenário. “Existe amor em São Paulo, muito. É a cidade mais urbana do Brasil, e a escolha também aconteceu um pouco para ressaltar que mesmo entre milhões de habitantes é possível encontrar alguém”, afirmou ele.
Vale ressaltar que os personagens acabam se cruzando em alguns episódios, diferente da primeira temporada, dando um olhar de outro prisma aos personagens - que, agora, são vistos vivenciando outros tipos de situações.
Após quatro anos, a segunda temporada de (Des)Encontros estreia na Sony nesta segunda-feira, dia 23 de julho. Entre os 19 protagonistas, a série conta com nomes como João Gabriel Vasconcellos, Julianne Trevisol, Pathy de Jesus, Rainer Cadete, Julia Konrad, Gil Coelho, Myra Ruiz, Elam Lima, entre outros.