"Não quero ser oportunista, mas se você está querendo preencher esse espaço de Roseanne na programação com outra série que a ABC cancelou..."
Bryan Fuller foi ágil ao casualmente sugerir ao canal ABC que aproveitasse o espaço vazio deixado por Roseanne na programação com a saudosa Pushing Daisies. A adorada série foi cancelada em 2009 depois de duas temporadas, e é até hoje uma das lembranças mais memoráveis de grandes injustiçadas da TV.
A brincadeira de Fuller segue a repercussão do repentino cancelamento da comédia Roseanne, anunciado pela presidente da emissora Channing Dungey nesta terça-feira. A decisão veio após um comentário racista de Roseanne Barr, em seu Twitter. Criadora e protagonista da série que leva o seu nome, Barr escreveu que a ex conselheira do Presidente Barack Obama se parecia com "um cruzamento entre a Irmandade Muçulmana e Planeta dos Macacos."
Imediatamente rechaçada pela mídia, pela equipe e pelo elenco da série, a atitude de Barr teve consequências praticamente inéditas na história da TV. Além do cancelamento do revival, os episódios clássicos da série foram retirados do Hulu, e as reprises que eram exibidas em outros canais norte-americanos também foram canceladas.
A atriz Sara Gilbert, que interpreta filha de Roseanne na série, havia se pronunciado afirmando que a posição "não reflete as crenças do elenco e equipe ou de ninguém associado à série." A roteirista Wanda Sykes também anunciou que não retornaria à produção, antes de Dungey anunciar o cancelamento.
Quanto a Pushing Daisies, trata-se de uma comédia com requintes dramáticos, protagonizada por Lee Pace e Anna Friel, a ficção acompanha um jovem confeiteiro com a habilidade de trazer qualquer pessoa ou coisa morta de volta à vida. Ele usa o dom para ressuscitar a namorada de infância, mas não poderá jamais tocá-la novamente pois o segundo toque a mataria.