Atenção: o texto a seguir contém spoilers do 13º episódio da 8ª temporada de The Walking Dead.
Depois de entregar talvez o capítulo mais empolgante de sua temporada na semana passada, The Walking Dead voltou a pecar nas falhas de roteiro. O 13º episódio da 8ª temporada foi palco da esperada batalha entre os Salvadores e o povo de Hilltop, que a princípio empolgou e deu um sopro de esperança para a qualidade dos eventos futuros.
Entretanto, um capítulo que veio para exaltar a boa liderança de Maggie (Lauren Cohan), pagando o preço por algumas de suas escolhas, logo deixou claro estúpidas atitudes dos personagens principais e se inspirou em Star Trek, matando um punhado de figurantes. Só que, na série da AMC, ao invés de eles estarem de vermelho (red shirt), foram transformados em zumbis, fazendo ainda mais vítimas.
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Aliás, "Do Not Send Us Astray" fez questão de apresentar alguns personagens extras nunca vistos antes ou não lembrados — uma médica em Hilltop (sendo que, supostamente, eles não tinham médico e por isso precisariam de Siddiq), um habitante que prefere Maggie a Gregory (quem não prefere, não é mesmo?), um homem moribundo na cama, e um antigo caso de Carol (Melissa McBride), Tobin (Jason Douglas). Todos eles dando as caras supostamente para criar empatia no público, só para serem transformados em mortos-vivos minutos depois, por causa das armas infectadas dos Salvadores. Lembrou um pouco o arco do início da 4ª temporada, "30 Days Without an Accident".
Então, começam as questões duvidosas do roteiro: se estavam sem energia e iriam deixar a porta aberta da mansão, onde estavam os vigias da noite? E os prisioneiros Salvadores, não tinham nenhum guarda olhando por eles?
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Assim, chegamos à questão mais problemática do episódio: Henry (Macsen Lintz). Movido pela vingança, o garoto pega uma arma e resolve ameaçar os prisioneiros de Hilltop — abrindo a cela deles com uma chave que não foi explicado porque ele a tinha. Como se um garoto de cerca de 10 anos fosse páreo para mais de 30 homens adultos! Não podia tê-los encarado do lado de fora? Além de ter sido mal-sucedido, ainda acabou com os planos de Maggie e ajudou na fuga dos inimigos e de Gregory (Xander Berkeley).
Mesmo assim, foi bom ver a banda reunida novamente, com Maggie e Rick (Andrew Lincoln) em ação; Jesus (Tom Payne) e Michonne (Danai Gurira) se unindo para matar um zumbi com um golpe de katana. Morgan (Lennie James), por sua vez, fez parte dos elementos emotivos do episódio. Sofrendo com inexplicadas alucinações de Gavin (Jayson Warner Smith), ele sentiu pelo pequeno Henry, talvez por ter sido ele a matar Benjamin (Logan Miller) depois que este virou zumbi. Certamente, a série está preparando o caminho dele para integrar o elenco de Fear The Walking Dead.
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Ainda nos personagens principais, Daryl (Norman Reedus) continuou a questionar a lealdade de Dwight (Austin Amelio), enquanto Tara (Alanna Masterson) — um pouco menos insuportável neste episódio — saiu em defesa do Salvador, mesmo tendo levado um tiro da flecha dele, que impediu que Simon (Steven Ogg) a matasse. A questão é: será que Dwight também tinha sujado sua arma com as tripas de zumbi? Uma coisa é certa, não se pode negar que TWD sabe bater na mesma tecla de sempre.
Outro destaque talvez tenha sido o próprio Simon, assumindo a posição de líder que era de Negan — copiando até mesmo o assobio do personagem de Jeffrey Dean Morgan. O ataque deles e o plano de Maggie — apesar de confuso — gerou uma curiosa cena na qual todas as luzes de Hilltop foram apagadas e os Salvadores se veem desamparados. Foi um respiro na ação muito bem colocado.
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TWD trilha caminho para o final da temporada, com um episódio bom, outro nem tanto. Ainda há esperanças para dias melhores.
A série é exibida todos os domingos, às 22h30, nos canais FOX e FOX Premium.