Jennifer Lawrence (Operação Red Sparrow) quer fazer jus à sua vocação como ativista pelos direitos das mulheres em Hollywood. Além de utilizar sua influência e seu imenso status como estrela para conseguir igualdade salarial em uma indústria conhecida por subempregar a mão-de-obra feminina, a ganhadora do Oscar por O Lado Bom da Vida também está disposta a fomentar o debate ao redor do movimento #MeToo. De acordo com informações do The Hollywood Reporter, Lawrence produzirá uma série documental sobre o atual estado das coisas na indústria e sobre a luta feminina ao lado da jornalista Catt Sadler.
Ainda sem emissora como distribuidora, o projeto deve ser dirigido por Stephanie Soechtig (Fed Up), documentarista conhecida por explorar temas "espinhosos" como o problema da obesidade infantil nos Estados Unidos e a epidemia da violência armada. Além do movimento #MeToo em si, a série documental também deve analisar o estabelecimento do Time's Up, fundo criado após o escândalo Harvey Weinstein para apoiar as vítimas de assédios sexuais em Hollywood, e a supracitada questão da desigualdade trabalhista. No entanto, o trabalho de Lawrence e Sadler já começa a gerar controvérsias, uma vez que Tarana Burke - que criou o #MeToo há mais de 10 anos - não deve ser consultada para o projeto.
Em uma série de tuítes (via Vogue), a ativista criticou as "líderes" eleitas pela mídia pelo movimento, denunciado a apropriação indevida do mesmo. De acordo com Burke, o objetivo inicial da hashtag era ajudar mulheres negras e latinas vítimas de assédios; e que a partir do momento em que o movimento é desvirtuado de seu foco original, o trabalho de quase 25 anos da própria Burke como ativista pelas mulheres contra os abusos sexuais não é reconhecido. Lawrence e Sadler ainda não se manifestaram sobre a problemática. O projeto documental não ganhou previsão de estreia até o momento.