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    The Walking Dead: O que sabemos até agora e o que esperar da oitava temporada

    Todos prontos?

    Até quando, Negan?

    O personagem de Jeffrey Dean Morgan foi introduzido no episódio final da sexta temporada, e embora a sua perturbadora atuação seja muito eficiente, não é muito comum em TWD que vilões permaneçam por muito tempo na série — sobretudo tendo a noção de que a continuidade da história depende da eliminação destes personagens. O Governador, por exemplo, apareceu pela primeira vez no episódio 3.03, e morreu no episódio 4.08. Mesmo assim, muitos fãs da série consideraram que ele alongou demais sua estadia, então é seguro dizer que Negan não deve fincar moradia, não.

    Tendo isso em vista, Gimple prometeu: “A guerra terá absolutamente sido resolvida no fim da temporada oito.” Será mesmo?

    Admita: é um pouco estranho um showrunner dar uma garantia dessas antes mesmo do início da temporada. Mais esquisito ainda é saber que trata-se de um arco tão importante na história quanto o de ‘Guerra Total’, e é possível que a série queira passar ainda um bom tempo com Negan. Morgan chegou inclusive a revelar que a temporada oito vai abordar um ‘outro lado’ do vilão. Mais humanizado, talvez? Menos maniqueísta?

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    “A coisa mais fascinante que eu fiz neste ano foi ver por baixo da jaqueta de couro um pouco”, contou. “E descobriremos mais. Estamos sempre descobrindo mais o tempo todo, mas acho que os roteiristas [e Scott M. Gimple] têm um plano para Negan, e eu estou gostando muito de como isto está saindo até agora.”

    Ainda descobriremos ao longo da primeira metade da nova temporada o que TWD intenciona fazer com Negan e os Salvadores. Será que o caminho será o mesmo dos quadrinhos? Ou teremos uma reviravolta? Teremos que esperar para ver, mas não custa nada tentar olhar um pouco adiante na trama. Seguindo a lógica das HQs, o próximo grupo a ser apresentado seria o dos Sussurradores. Será que Alpha está a caminho?

    A resposta para esta pergunta ainda é desconhecida — ao ser questionado, Gimple preferiu manter silêncio. É improvável que o grupo surja ainda neste ano, vale destacar — a não ser que a AMC tenha guardado novas escalações a sete(centas) chaves. Antes disso, há uma guerra para ser vencida...

    Quem vive, quem morre, de que lado estamos?

    Em uma guerra, existe mesmo lado vencedor? Todos sabemos: as consequências e as mortes estarão por todo lado no decorrer da próxima temporada. O próprio Andrew Lincoln já começou a preparar os corações dos fãs para o ‘pior’, afirmando que há, de fato, algumas mortes importantes que vão deixar os público perturbado.

    Além disso, nós vimos ao longo da sétima temporada alguns personagens questionarem o próprio lado e mudarem suas afiliações. Por isso, vale questionar: o que esperar de Eugene (Josh McDermitt)? E de Dwight (Austin Amelio)? Negan ganhará mais aliados? Será que há gente infiltrada de um lado ou de outro?

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    Uma coisa é certa: espere vingança. Norman Reedus promete: “Pessoas irão se firmar em um time ou em outro, e há mais pancadaria do que antes. A temporada sete foi difícil, mas na temporada oito a gangue está de volta [...] É o seu time de casa lutando contra seu maior inimigo, então definitivamente haverá torcedores.”

    “Para [Daryl]”, continua o ator, “ele está numa missão para realizar um objetivo e, às vezes, para o bem do grupo, você desvia um pouco do caminho. Ele está um pouco enfurecido no começo, numa missão direcionada. Quero dizer, ele foi torturado no último ano. Ele quer suas coisas de volta e se vingar, ele realmente não está se importando com o que falam”, finalizou.

    Quanto a Daryl, só temos um desejo: que ele alcance seus objetivos.

    O centésimo episódio

    “Mercy” será o episódio número 100 de The Walking Dead, uma marca história e normalmente bastante comemorada entre as séries de TV — várias produções costumam dedicar o centésimo capítulo a uma homenagem ao início da trama ou até mesmo inserir vários easter-eggs como um presente para os fãs. Será que TWD preparou algo neste sentido?

    “É insano”, confessou Andrew Lincoln. “É uma quantidade extraordinária de sangue, suor, lágrimas, energia e dedicação [...] para atingir esta marca [...] Atingir 100 episódios é uma quantidade absurda de tempo passado com este homem, das mais diferentes maneiras. Tenho certeza que nunca mais na minha carreira passarei tanto tempo com um único personagem. Nunca pensei que um dia eu faria um papel durante oito anos.”

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    Entre ‘idas e vindas’ e grandes momentos mesclados com temporadas que não agradaram tanto assim como as anteriores — é apenas justo admitir que não é fácil manter o mesmo nível durante sete, oito anos —, The Walking Dead é uma indiscutível marca da TV dos tempos modernos, pois foi capaz de trazer uma densidade para as histórias de zumbis que transcende a expectativa de apenas jump scares e matanças desenfreadas.

    Ao colocar como vilões não os errantes, mas os próprios sobreviventes, a série traz um questionamento que fica no subtexto, e muitas vezes passa despercebido: não somos nós mesmos os nossos próprios monstros?

    The Walking Dead retorna neste domingo, com episódios inéditos na FOX, às 23h30.

     

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