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    Criadora de Orange Is the New Black conta casos de sexismo e admite que quinta temporada não foi das melhores

    Nem tudo foi 'bolinho' na carreira de Jenji Kohan.

    Getty Images

    Antes de Weeds e Orange Is the New BlackJenji Kohan vinha construindo seu nome nas salas de roteiristas de grandes produtores. Ela fez parte das equipes de séries como Gilmore Girls, Um Maluco no Pedaço, Tracey Takes On..., e até chegou a roteirizar episódios de Will & Grace e Sex and the City.

    Em um perfil da produtora, a consagrada The New Yorker revela que nem tudo são (ou foram) flores na carreira de Kohan. Seu pai, Buz Kohan, era um roteirista de TV que escreveu para uma variedade de séries, incluindo The Carol Burnett Show e especiais de TV. Sua mãe, Rhea, publicou dois romances de humor negro durante a década de 1980. Seu irmão mais velho, David, entrou para a indústria mais tarde, mas emplacou seu primeiro sucesso primeiro: Will & Grace, que criou junto ao parceiro de trabalho Max Mutchnick.

    De acordo com a publicação, Kohan começou a buscar trabalhos como roteirista principalmente porque o seu então namorado disse que ela não seria capaz de conseguir um. "Ele disse que eu tinha mais chances de entrar no Congresso do que de escrever para a TV", contou.

    O resultado de suas buscas foi um encontro direto com o sexismo de Hollywood. Além de ter seus créditos retirados de roteiros e sofrer assédio sexual, ela conta que uma vez foi para uma entrevista de emprego enquanto estava grávida e seu agente a instruiu a usar uma camiseta larga e comer doces, para que o showrunner pensasse que ela simplesmente era gorda.

    E piora: após entregar uma proposta para The Larry Sanders Show, ela foi comunicada pelo seu agente que o protagonista da série, Garry Shandling, não se sentia confortável trabalhando com mulheres. Em 2003, a CBS deu sinal verde para uma sitcom criada por ela, The Stones, mas os executivos do estúdio não confiavam na produtora, então colocaram David Kohan e Max Mutchnick a cargo da produção. Cancelada após seis episódios, a série "abalou a relação dos irmãos por anos".

    Divulgação

    Apesar disso, ela de fato alavancou a própria carreira -- com o lançamento de Weeds pelo Showtime em 2004. 13 anos mais tarde, Jenji Kohan parte para gravar a sexta temporada de Orange Is the New Black, mas não sem antes admitir que a quinta temporada apresentou grandes problemas estruturais.

    Atualmente, a sala de roteiristas de OITNB é coordenada por Tara Herrmann, enquanto Kohan supervisiona o roteiro. Ambas descrevem os problemas da temporada 5 de formas parecidas.

    "Nós perdemos vários dos roteirsitas originais", contou Herrmann. "Não foi culpa de ninguém. Foi apenas uma nova dinâmica – as pessoas estavam ligadas aos personagens enquanto espectadores, não enquanto criadores." A própria Kohan descreve alguns dos arcos narrativos da temporada como 'fanfictions'. Alguns dos roteiristas originais, como Nick Jones e Sian Heder, agora escrevem para GLOW, e Lauren Morelli (que tanto contribuiu para as primeiras temporadas), firmou seu próprio acordo com a Netflix.

    A pergunta é: será que haverá mudanças para a sexta temporada?

     

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