É uma polêmica atrás da outra quando o assunto é David Benioff e D.B. Weiss, os produtores responsáveis por Game of Thrones. A dupla anunciou há algumas semanas seu novo projeto para a HBO, Confederate, que gerou uma imediata repercussão negativa por se tratar de uma realidade imaginada em que o Sul venceu a Guerra de Secessão e a escravidão ainda é legal nesta sociedade.
Em uma conferência com jornalistas nesta quarta-feira (26), durante o circuito de verão da Associação de Críticos de Televisão (TCA), Casey Bloys defendeu a série e tentou explicar qual foi a visão da emissora ao aprovar a nova série, mas também fez um mea culpa e assumiu que o anúncio foi feito de forma equivocada.
"Erro nosso — erro da HBO, não dos produtores — foi a ideia de que seríamos capazes de fazer o anúncio de uma ideia tão sensível e que requer tanto cuidado e precaução da parte dos produtores em um comunicado à imprensa. Isso foi equivocado de nossa parte", justificou Bloys.
A maior parte das críticas foi direcionada ao potencial perigo que a história representa, sendo retratada na sociedade moderna com tantos reflexos de extremismos políticos. Mas o presidente de programação insistiu:
"[David e Dan] disseram que não estão buscando fazer '...E o Vento Levou 2017'. Não são chicotes e plantações. É como eles imaginaram que a instituição moderna da escravidão seria", e finalizou pedindo que o público faça os julgamentos necessários após assistir à série:
"Tudo o que podemos pedir é que as pessoas julguem o produto final desses artistas e não o que poderia ser."
Confederate ainda está longe de chegar às telas. A série vai começar a ser filmada somente após a última temporada de Game of Thrones.