Demorou, mas a controvérsia envolvendo 13 Reasons Why chegou ao Brasil. O Centro de Apoio Operacional às Promotorias de Justiça de Defesa da Criança e do Adolescente e da Educação (Caop-CAE) do Ministério Público da Paraíba recomendou um boicote ao show produzido por Selena Gomez.
Segundo a produtora de Justiça Soraya Escorel, a história de Hannah (Katherine Langford) - que conta os 13 motivos por trás de seu suicídio - não deve ser vista por crianças e adolescentes. O motivo? "Por conter cenas muito impactantes." Ao mesmo tempo, o texto reconhece como a adaptação da obra de Jay Asher aborda temas delicados como bullying, estupro, depressão, suicídio e falta de acesso a cuidados adequados em saúde mental.
Emitido no dia 21 de abril, o alerta também associa a produção com o jogo da Baleia Azul, jogo em alta na mídia que é capaz de submeter os “jogadores” a uma forte pressão psicológica. Ainda de acordo com o documento, os pais têm que acompanhar e monitorar as redes sociais dos filhos.
Nas últimas semanas, 13 Reasons Why foi proibida por autoridades no Canadá e na Nova Zelândia. Ao mesmo tempo, organizações de saúde mental criticaram a abordagem do suicídio de Hannah. Em resposta, Jay Asher e o roteirista Nic Sheff defenderam a escolha artística da produção - que é sucesso de público.
Assim, a série segue rodeada por um tema polêmico. O contéudo gráfico de 13 Reasons Why realmente é preocupante e pode afetar as pessoas de diferentes formas, porém será que a proibição do assunto seria mesmo a melhor opção? Afinal, o debate também pode trazer bons resultados. No Brasil, o Centro de Valorização à Vida revelou que o número de pedidos de ajuda aumentou desde o lançamento da série. O atendimento lá é anônimo e disponível através de várias mídias, como o telefone 141.
Leia nossa crítica de 13 Reasons Why.