A primeira série brasileira da Netflix é um marco importante para as produções internacionais do canal de streaming. 3% é a original Netflix de língua não-inglesa mais assistida nos EUA desde o seu lançamento no dia 25 de novembro, e mais da metade das horas totais vistas da série provêm de mercados internacionais, garantiu a empresa em comunicado oficial.
O levantamento leva em conta todas as séries faladas em outro idioma que não o inglês exibidas pelo serviço de vídeo sob demanda (independente de serem produtos originais), dentro do universo da Netflix (portanto, descontadas outras plataformas de streaming ou canais de TV).
Isso quer dizer que assinantes de todo o mundo – Austrália, Canadá, França, Itália, Turquia etc – dedicaram um tempo para assistir à série de Pedro Aguilera. A Netflix não divulga dados de audiência ou números de acesso, mas garante que nenhuma outra de suas séries internacionais foi maior que 3% junto aos espectadores.
Embora tenha tido uma recepção morna pela crítica brasileira (e boa parte da recepção negativa da primeira temporada foi justificada pelos diálogos artificiais), a série repercutiu na imprensa norte-americana. Em dezembro, o The Hollywood Reporter elogiou:
"Obscura, complexa e provocante, 3% é gravada através das lentes maravilhosas do diretor de fotografia de Cidade de Deus, Cesar Charlone."
Já o IndieWire destacou que o orçamento baixo não diminui a qualidade dos recursos narrativos:
"Com recursos limitados, a habilidade de cativar de 3% recai sobre atuação e narrativa, e é bem sucedida nos dois âmbitos."
3% é protagonizada por Bianca Comparato, João Miguel, Michel Gomes, Vaneza Oliveira e Rodolfo Valente. A segunda temporada já está garantida, mas ainda não há previsão de estreia. Enquanto isso, vale lembrar, a Netflix já anunciou mais uma série nacional: a comédia Samantha.