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    The Walking Dead S07E13: 'Bury Me Here' trilha o caminho para o arco final da temporada

    Leia a nossa crítica do episódio de The Walking Dead.

    O episódio 13 da 7ª temporada de The Walking Dead, "Bury Me Here", é um bom argumento para provar que os fins não justificam os meios. Ao fim do episódio, The Walking Dead finalmente havia construído um arco narrativo interessante que vai potencialmente conduzir estes personagens à Guerra que vai finalizar a sétima temporada. Mas era realente necessário passar 1h inteira com um 'leva-e-traz' de uma dúzia de melões?

    É desnecessário dizer que tudo isso foi para dar a Carol (Melissa McBride) e Morgan (Lennie James) uma razão para voltarem a lutar – e isso, sim, é algo por que o público estava esperando –, mas as duas mortes que ocorreram no episódio eram bastante óbvias. Daryl (Norman Reedus) ter deixado Richard (Karl Makinen) ficar no Reino, mesmo após este tê-lo contado a respeito do plano para incriminar Carol, era um sinal de que o personagem voltaria com uma nova estratégia semelhante; a diferença é que, dessa vez, a vítima foi ele mesmo. E quanto a Benjamin (Logan Miller), todas as cenas dele neste episódio gritavam "serei o próximo a morrer". Por mais que não seja necessariamente agradável ver personagens por quem o público criou afeto morrerem (Glenn que o diga), é cansativo ver novamente personagens totalmente descartáveis, que apenas ganharam tempo em cena para que morressem a fim de avançar a história dos demais. Não há apelo emocional algum nessa escolha, que – ao contrário – somente evidencia o quanto a temporada não encontrou uma forma de trabalhar com este peculiar grupo de sobreviventes liderado pelo Rei Ezekiel (Khary Payton).

    Por fim, o episódio conseguiu destruir o "pacifismo" que havia restante em Morgan, mas para isso precisou se arrastar com um arco forçado e até ridículo. Era necessário realmente um caminhão inteiro para levar uma caixa de melões? Qual a necessidade de uma cena em que, um por um, os melões são colocados no caminhão por membros mau-humorados-e-com-cara-de-enterro do Reino? É realmente proveitoso ver a série dedicando um tempo ao desenvolvimento do caráter de um dos personagens longínquos da trama, visto que a temporada tem sido tão negligente em termos de aprofundar as narrativas pessoais dos protagonistas em prol das atrocidadaes de Negan, mas a forma a que recorreu para extravassar toda a raiva de Morgan (através de personagens que mal conhecemos e com os quais realmente não nos importamos) faz tudo soar ainda mais preguiçoso e repetitivo. 

    É uma via de mão dupla: por um lado, há um avanço significativo na história em geral para a temporada, com Carol e Morgan de volta 'à ativa'. Depois que ela descobre o que aconteceu com o grupo de Alexandria após a sua partida, ela decide que é hora de lutar, e de alguma forma o Rei Ezekiel concorda com ela sem argumentar, e sem que haja nenhuma tensão em volta disso. O que, a propósito, é estranho: um dos grandes momentos da temporada seria, teoricamente, a decisão de Ezekiel por lutar. No entanto, a entrega é sem emoção (acontece, inclusive, fora de cena), e mais uma vez óbvia: já sabíamos que isso iria acontecer, o diferencial era descobrir como – e este 'como' decepcionou. Por outro lado, é quase uma tortura passar pelo episódio sem reclamações.

    Novamente, The Walking Dead traz um episódio arrastado que serve majoritariamente à trama principal da temporada, mas como uma hora isolada, é cansativo, transmitindo um certo ar de 'obrigatoriedade'. Agora, é esperar a ação de fato começar.

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