Depois de conferir nossa entrevista com Wentworth Miller, chegou a hora de ver como foi nosso bate-papo com seu principal parceiro em cena, Dominic Purcell. A dupla retorna às telinhas na próxima terça-feira, 4 de abril, com a mais nova temporada de Prison Break.
Purcell falou sobre como foi retornar ao papel de Lincoln Burrows oito anos após o final da série. Confira a entrevista completa!
Como é voltar para Prison Break?
Para mim, é incrível. Eu amo Prison Break, sou muito grato pelo que a série fez por mim. A série uma parte muito especial da minha vida, me trouxe várias grandes amizades. Dizer isso é um clichê, mas é verdade. Sou amigo de todos, especialmente de Wentworth Miller. É muito interessante poder voltar à série e ver como as coisas mudaram para nós nesses últimos oito anos, como nós amadurecemos. Como atores, nós mudamos. Acho que vocês vão perceber uma tonalidade diferente em nossas interpretações, de certa forma, e acho que isso tem a ver com a maturidade e a experiência de vida que adquirimos.
O que vai acontecer com o seu personagem na nova temporada?
Ele vai arranjar muitos problemas. Lincoln é o tipo de cara que não consegue não arranjar problemas. Ele tenta se manter na linha, tenta trabalhar normalmente, mas tudo acaba dando errado de repente e ele precisa voltar para as ruas, precisa voltar a fazer as coisas que fazia. É por aí.
Por que esse é um bom momento para a série retornar?
Eu e Wentowrth trabalhamos juntos em The Flash e começamos a conversar sobre Prison Break, sobre os "bons e velhos dias" e aí começamos a pensar em trazer a série de volta. Então, nós dois levamos a ideia ao estúdio, tivemos uma reunião e eles adoraram a ideia, toparam na hora. Chamamos Paul Scheuring [o criador da série] de volta e quando ele aceitou, ficou tudo certo. A série não existiria sem ele, ele era a peça final do nosso quebra-cabeça.
Você e Wentworth trabalharam juntos em Flash e Legends of Tomorrow, mas como foi retornar à relação de Lincoln e Michael, seus personagens?
Foi emocionante. E um pouco assustador, em um primeiro momento. Mas como nós nos conhecemos muito bem, fomos direto ao ponto, retomamos o ritmo rapidamente. Não foi estranho.
Qual você acha que será a contribuição desta nova temporada para o legado da série?
Acho que Prison Break foi uma série que ajudou a estabelecer um padrão de qualidade quando foi lançada e eu espero que essa sequência possa estabelecer um novo padrão. Eu acho que vamos conseguir, acho que o público vai ficar surpreso em ver como essa nova temporada consegue ficar no mesmo nível de um filme de Jason Bourne ou de A Hora Mais Escura, no mesmo nível dos bons filmes que se passam no Oriente Médio. Não há diferença [entre a nossa série e esses filmes]. Temos uma narrativa incrível.
Você acha que agora vocês podem explorar temáticas mais pesadas do que anteriormente por causa da evolução dramática das séries?
Eu acho que sim. Nós estamos lidando com o Estado Islâmico, com terrorismo e fundamentalismo, e com essas coisas sempre vem devastação, tragédia e morte. Há uma cena que retrata pessoas penduradas pelo pescoço no meio da rua. É pesado. Como ator, eu não costumo ficar emocionado quando estou interpretando, mas nessa cena, eu fiquei muito incomodado. Isso nunca tinha acontecido comigo antes. Nós estamos em um carro e uma bomba explode no Marrocos e todos esses figurantes, pessoas que moram na região e que conhecem os conflitos de perto, choravam e gritavam de maneira muito real, corpos por todos os lados. Isso me emocionou muito. Não parecia uma atuação, parecia que essas pessoas estavam canalizando toda a situação atual do Oriente Médio. Foi muito realista e intenso.