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    Stranger Things divulga artes conceituais e dá mais detalhes sobre o Mundo Invertido

    Veja como o monstro foi feito.

    Stranger Things se baseou muito na familiaridade para criar seu universo, tanto o lado alternativo quanto o mundo conhecido e habitado pelos protagonistas. Ainda assim, a criatura e o Upside Down, ou Mundo Invertido, quase tiveram uma aparência completamente diferente do resultado final que chegou à Netflix. Em entrevista para a Variety, os irmãos Duffer falaram o processo criativo, os desafios e as ideias que os ajudaram a chegar ao objetivo.

    O design do monstro, o "Demogorgon", passou por diversas alterações durante a pré-produção, e para Matt e Ross Duffer, o essencial era resgatar os elementos que lhes chamavam a atenção nos filmes da década de 1980 que foram referência:

    "Era um sonho nosso construir um monstro e colocá-lo na tela. Era muito importante desde o começo que nós o criássemos. E que tivéssemos uma pessoa com uma roupa com elementos animatrônicos para que fosse possível filmar com atores. Crescemos com filmes do gênero antes de computação gráfica, então os filmes que mais nos assustavam, os elementos de terror eram feitos na prática. Queríamos voltar para aquilo.

    Havíamos trabalhado com um artista conceitual antes — Aaron Sims — e ele é incrível. Nós falmamos muito com ele sobre o que queríamos do monstro. Falamos sobre H.R. Giger, Guillermo del Toro, Clive Barker — tentamos entender por que os monstros eram tão efetivos sobre nós, eles tendiam a ser humanóides mas havia alguma coisa muito bizarra sobre eles (...)"

    Ross Duffer completou:

    "Os atores adoraram. Às vezes você vê o monstro sentado na cadeira e ele é ridículo. As crianças tinham muito medo. Millie [Bobby Brown], que faz a Eleven, tem uma irmã de uns três anos, e tinham as gêmeas que fazem a Holly Wheeler. Isso as assustou demais. Alguém falou com elas que não era um monstro mau, que ele veio de Monstrópolis, de Monstros SA. Depois disso ficou tudo bem."

     Já sobre o Mundo Invertido, a dupla fala sobre as diferentes versões pensadas inicialmente:

    "Nós queríamos que fosse uma sombra obscura do nosso mundo. Sabíamos que era algo que poderíamos usar coisas práticas - podíamos construir dos sets e das locações - é aquele misto de prática e efeitos visuais. Muito daquilo foi construído - muito era móvel e pulsante (...)", disse Ross Duffer.

    Matt completa:

    "Falamos sobre Silent Hill, os video games eram uma inspiração, e Alien era uma inspiração, em termos visuais. Quando vendemos a série, dissemos que 'nunca iríamos entrar na dimensão alternativa'. Achávamos que não iríamos conseguir. Acho que estávamos imaginando gravar em frente a uma tela verde e seria horrível. Trouxemos um conceito e sabíamos que era possível adaptá-lo. Era importante que nunca tentássemos fazer algo que não era possível fazer, ou que parecesse clichê."

    "As limitações podem ser úteis. Não era possível construir uma dimensão alternativa inteira em computação gráfica. Não tinha como arcarmos com os custos ou ter tempo. De muitas maneiras parecia prático porque tudo estava ali. Sempre parece mais real porque era real."

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