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    Comic-Con 2016: Série Máquina Mortífera é uma cópia descarada dos filmes

    Nada se cria, tudo se copia.

    Se Máquina Mortífera, o filme, marcou época e provocou uma mudança de tom no cinema de ação dos anos 1980, a série que recebe o mesmo nome nada mais é do que uma réplica sem inspiração daquilo que fez sucesso 30 anos antes.

    Exibido de surpresa na Preview Night, o episódio-piloto da nova série até demonstra ser bem produzida em relação às sequências de ação, mas incomoda (bastante) a quem já assistiu aos filmes da quadrilogia pela absoluta falta de criatividade. Não se trata nem de reaproveitar os personagens Martin Riggs e Roger Murtaugh, eternizados por Mel Gibson e Danny Glover, mas por até mesmo repetir momentos já estrelados por eles, tintim por tintim. Em versão piorada, é claro.

    Se por um lado a repetição é mais uma valorização à qualidade do material original, por outro a nova série entrega algo regurgitado, sem o menor frescor. A única novidade de fato é que, neste primeiro episódio, é mostrado o passado de Riggs, quando perdeu esposa e filho - algo que, no cinema, apenas é mencionado. E só.

    Além da questão da cópia escancarada, há o elenco. Clayne Crawford é limitado demais para interpretar um personagem tão multifacetado quanto Riggs, capaz de ser absolutamente louco mas sempre com uma lógica própria. Não é nem que ele não consiga repetir o ar amalucado de Mel Gibson - e não consegue -, o problema maior é que sequer convence como homem amargurado que leva a vida sem medo da morte.

    Damon Wayans, por sua natureza no humor, fica responsável pelo lado cômico deste episódio-piloto. Seu Murtaugh é bem parecido com o de Glover, no sentido de ser zeloso com a família e manter preocupações constantes com o parceiro. Experiente, Wayans até segura bem o papel - por mais que, para o espectador brasileiro, seja difícil vê-lo em cena sem lembrar da icônica Eu, a Patroa e as Crianças.

    Repetitivo na essência e também em sua execução, Máquina Mortífera não diz a que veio como série - ao menos não neste primeiro episódio. Se for para ver mais do mesmo, é melhor ficar com o original. A estreia na TV americana está agendada para 21 de setembro, enquanto que no Brasil ainda não há data definida.

     

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