Doctor Who está caminhando para a sua décima temporada, que marca o fim da Era de Steven Moffat no comando da clássica série britânica, mas não é sem alguns arrependimentos que o showrunner entrega o cargo.
Em entrevista para a Doctor Who Magazine (via ScreenCrush), o produtor comentou que ele (assim como todos nós) não ficou exatamente satisfeito com a sétima temporada, alegando que foi um ano exaustivo para ele e que houve alguns equívocos:
"A carga de trabalho era insana. Eu não estava lidando bem. Não foi culpa de ninguém, só minha. O aniversário de 50 anos estava chegando, e eu não sabia se conseguiríamos fazê-lo funcionar. Foi uma época muito, muito difícil. Minha hora de trabalho mais sombria em Who."
Ele justifica: "Matt (Smith), que era um amigo e aliado, estava saindo – e eu não podia fazê-lo ficar. Parecia que tudo estava explodindo ao meu redor. E estava caminhando aos poucos para o 50º, sem nenhum Doutor contratado para aparecer, me desgastando com infinitas mensagens raivosas sobre eu não ter conseguido William Hartnell para voltar... e com a terceira temporada de Sherlock ao mesmo tempo. (...) Eu estava muito mal quando acabou, e não pude deixar que aquele fosse o meu fim na série", completou explicando a decisão de permanecer após o ano 7, muito embora suas pretensões iniciais fossem de fazer apenas três temporadas. A décima será a sua sexta (e última).
A décima temporada da série, que estreia em 2017, é a última com Moffat no comando, e depois Chris Chibnall assume o posto. Neste ano, a BBC exibe apenas o episódio especial de natal, mas a nova companion de Peter Capaldi, vivida por Pearl Mackie, não será apresentada por enquanto:
"Nós vamos apresentar [Bill] no primeiro episódio de 2017, e ela vai estar em toda a temporada. Ela não vai participar do especial de natal, porque isso iria estragar o lançamento da temporada... então haverá outra pessoa – uma participação diferente – neste natal, como River Song participou do último."