Você pode até ter assistido a muitas séries de TV em 2015, mas é muito provável que não tenha visto nem a metade do total produzido. Um estudo promovido por Julie Piepenkotter, vice-presidente executiva da FX Networks, divulgou que este ano foram produzidas nada mais, nada menos, que 409 séries de TV originais. Isso mesmo: quatrocentas e nove!
O número representa um crescimento exponencial em relação aos anos anteriores. Em 2014, o total foi de 376, que já era um salto de 94% em relação a 2009, quando foram feitas 209. Se analisado desde 2002, quando a FX colocou no ar sua primeira série original (The Shield), o aumento do número de produções chega a 484% em relação apenas a produções de canais a cabo básicos (ou seja, com exceção de HBO, Showtime, AMC e Cinemax).
Vale lembrar que este número representa apenas a quantidade de séries de temporadas e com roteiro, ou seja, não conta com telefilmes, reality shows ou programas voltados para o público infantil. O crescimento já havia sido previsto por John Landgraf, executivo da própria FX, que alegou, em agosto deste ano, que 2015 representaria o auge da televisão, e a partir daí, ocorreria o declínio. Leia mais.
"Este é o terceiro ano consecutivo em que a contagem de séries cresce através das diferentes plataformas de distribuição (...). Esta estatística nos coloca em lugares inimagináveis de onde estávamos 10 anos atrás", afirmou Piepenkotter.
E ela está certa. A tendência, porém, é que o crescimento continue, já que cada vez mais plataformas estão no negócio – e inclua aí não apenas Netflix, mas Amazon e Hulu, que ganham cada vez mais destaque, e canais menores em crescimento, como o Starz, Spike e History Channel. A melhor parte disso tudo é que o espectador não apenas tem mais opções do que deseja assistir, mas a assustadora quatidade serve de alerta para séries com fórmulas repetidas: é hora de reinventar o produto.