Pablo Escobar não era um traficante comum. Isso não é segredo. No fim dos anos 1970/ início dos 1980, ele descobriu o potencial comercial da cocaína para o mercado norte-americano. E fez dinheiro – e fama – com a droga. Ao invés de se manter na encolha, afinal, estamos falando de uma atividade ilegal, Pablo tentou entrar para a política! Escobar não era um traficante comum.
“Ele era um traficante que fazia questão de aparecer, de se mostrar, não trabalhar nas sombras”, resume Wagner Moura, intérprete do personagem na série Narcos, cujos dez episódios da primeira temporada já estão disponíveis desde essa sexta, 28 de agosto, na Netflix. Para o papel, o ator brasileiro se mudou para a Colômbia (ele não dominava a língua espanhola), onde viveu por um ano (2014) – e ainda engordou cerca de 20Kg, sustentando uma respeitável barriga.
O AdoroCinema conversou com o ator (pela segunda vez) sobre a produção original da plataforma de vídeos on-demand. No vídeo (acima), ele comenta sobre atuar em outro idioma; como vê a situação do narcotráfico na Colômbia hoje em dia, já que morou recentemente no país; e (não) revela se a série terá uma segunda temporada: “Nós não podemos anunciar oficialmente”, “A Netflix ainda não deu esse sinal verde”. Para bom entendedor, meia esperança basta.
Cocaína dá mais dinheiro do que cavalo.
Outro ator brasileiro envolvido em Narcos, que tem produção executiva de José Padilha, é André Mattos, que já havia trabalhado com o diretor em Tropa de Elite 2. Na série, ele dá vida a um dos irmãos Ochoa, Jorge, de uma família rica que criava cavalos e acabou fundando o Cartel de Medellín ao lado de Pablo Escobar.
Na entrevista exclusiva (abaixo) ao AC, Mattos conta como entrou para o projeto e fala da preparação: “O espanhol primeiro teria que ser neutralizado e depois um pequeno acento paisa, que é o espanhol de Medellin”. Ele ainda relembra do convite para atuar em Robocop (2014).