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    Orange Is The New Black: Os momentos mais marcantes da terceira temporada

    Se você já assistiu, relembre!

    Cuidado: Contém spoilers!

    A terceira temporada de Orange is the New Black estreou na Netflix há pouco mais de uma semana e, para os mais apressados, isso é tempo o suficiente para assistir aos 13 episódios. Assim como a segunda temporada, esta vem focando cada vez mais nas personagens dos núcleos secundários, e em contar as histórias que as levaram até a prisão. Mesclando momentos emocionantes com outros que tecem ácidas críticas ao momento e à sociedade, a temporada cresce emocionalmente, e a trama que envolve a protagonista Piper (Taylor Schilling) e seu triângulo amoroso com Alex Vause (Laura Prepon) e a novata Stella (Ruby Rose), apesar de importante, não é necessariamente a questão central.

    Neste ano, a prisão está sob a direção de Joe Caputo (Nick Sandow) e, aparentemente, tudo está fluindo muito bem. Porém, quando ele descobre que Litchfield está para ser fechada, a solução que encontra para não deixar os funcionários sem emprego é recorrer à privatização – que traz junto cortes de verba e algumas confusões entre as detentas. Religião, abuso, relações familiares e, é claro, novas personagens, compõem o clima da temporada. Relembre, abaixo, alguns dos melhores momentos:

    1 – Big Boo e Pennsatucky

    No primeiro episódio, as detentas de Litchfield organizam uma comemoração para o Dia das Mães, com várias atividades voltadas para as crianças que foram visita-las na cadeia. Pennsatucky (Taryn Manning) está em um canto triste fazendo um ‘velório simbólico’ para todos os filhos que abortou, sentindo remorso por isso. É quando Boo (Lea DeLaria), vestindo uma fantasia ligeiramente bizarra de palhaço, chega para consolá-la. Boo explica para Penn, baseada na teoria do livro Freakonomics, de Stephen D. Dubner e Steven Levitt, que as crianças não teriam um futuro promissor, caso crescessem com uma mãe viciada em metanfetamina, e que cresceriam negligenciadas, maltratadas e pobres, prontos para se tornarem criminosos. A cena rende um dos melhores diálogos da temporada, e faz a ‘caipira’ se sentir melhor. As duas desenvolvem um forte apego emocional.

    2 – A gravidez de Daya

    A gravidez de Daya (Dascha Polanco) fez com que o irritante Pornstache (Pablo Schreiber) finalmente saísse de cena, mas isso não significa que os problemas da latina estejam resolvidos. Decidir entre proporcionar ao seu bebê uma vida financeiramente melhor ou mantê-la, apesar das dificuldades, foi um grande ponto que perpetuou durante os 13 episódios – e tocou diretamente na relação entre Daya e sua mãe, Aleida (Elizabeth Rodriguez). Além disso, o sumiço de Bennett (Matt McGorry) também põe o foco na questão do abandono pelos pais de crianças.

    3 – A privatização de Litchfield

    Com um tema bastante polêmico e atual, a privatização de Litchfield mostra vários problemas que vêm junto a isso, todos relacionados ao corte de verba para diminuir gastos e gerar lucro. Sem que os chefes levem em consideração o bem-estar das detentas, eles se negam a comprar novos livros para a Biblioteca, mudam o esquema da cozinha (a comida, de gosto bastante duvidoso, passa a vir pronta), novos guardas são contratados sem que recebam o treinamento adequado, e os funcionários antigos sentem seus empregos cada vez mais ameaçados. E as consequências não param por aí: Ao fim da temporada, descobrimos que uma grande mudança está para chegar no quarto ano da série.

    4 – A história de Tiffany ‘Pennsatucky’ Dogget

    De caipira religiosa e irritante na primeira temporada, Tiffany Dogget certamente evoluiu bastante na história, e na terceira temporada, rendeu alguns dos melhores momentos. Dirigindo a van no lugar de Morello (Yael Stone), ela se torna amiga do novo guarda, Charlie Coates (James McMenamin), mas a situação entre os dois acaba tornando-se abusiva. Vítima de estupros e relações abusivas desde sua adolescência, Dogget se vê novamente em uma situação de risco com Coates. A cena de seu estupro, e a forma como ela se sente culpada depois, são alguns dos momentos mais emocionantes e incômodos da temporada.

    5 – Black Cindy se convertendo ao judaísmo

    Na segunda temporada, a história de Black Cindy (Adrienne C. Moore) foi brevemente apresentada. A hilária personagem sempre rende cenas bastante cômicas, e sua obsessão por se converter ao judaísmo parece ser uma simples brincadeira, no início, para que possa ganhar o kosher. Porém, quando ela realmente conta o motivo de sua conversão, a cena rende outro momento real e emotivo.

    6 – Alex de volta

    Com Alex de volta à cadeia, ela poderia estar protegida das ameaças de Kubra (Eyas Younis), mas sente o tempo todo que está sendo vigiada e que corre risco de vida. Sua obsessão a faz desconfiar da nova detenta, Lolly (Lori Petty), e o jogo de gato e rato entre as duas culmina em uma cena bastante cômica, quando elas se enfrentam no banheiro, e descobrem que ambas estavam com medo uma da outra.

    7 – O bizarro empreendimento de Piper

    Verdade seja dita: Piper já deixou de ser a personagem com quem as pessoas mais se importam, há muito tempo. Embora a história continue girando em torno dela, o núcleo nem sempre é o mais interessante. Apesar disso, o seu novo empreendimento com as calcinhas é bastante inusitado e a leva a tomar atitudes drásticas e irreconhecíveis, e até a eleva a um patamar de respeito. “Trust No Bitch!”

    8 – Ruby Rose

    A estreia da australiana Ruby Rose na série foi amplamente aguardada pelos fãs nas redes sociais. A personagem Stella faz sua primeira aparição somente no episódio 6, mas a sua crescente relação com Piper vai ganhando destaque nas cenas à medida que esta se distancia de Alex. O grande momento é quando Piper descobre que foi Stella que roubou o seu dinheiro, e prova que, de fato, não se deve confiar em ninguém.

    9 – Norma, Leanne e religião

    À sombra de Red (Kate Mulgrew), Norma finalmente ganhou um certo destaque. Ela começa a se tornar o centro de um novo culto religioso dentro da prisão, e traz detentas das mais diferentes, de Leanne (Emma Myles) a Soso (Kimiko Glenn), à sua volta. A história dá um foco interessante à questão da religiosidade e da busca pelo conforto espiritual por parte das detentas, além de contar a surpreendente história que levou Leanne à cadeia.

    10 – Sophia Burset e a transfobia

    Quando Sophia (Laverne Cox) entra em conflito com Gloria (Selenis Leyva) a respeito dos seus filhos, a cabeleireira acaba sofrendo bastante preconceito, e a questão transgênera é posta em discussão. Ela passa a ser hostilizada por todas as detentas, e sua segurança é posta em risco. Ela então é atacada pelas outras em seu próprio salão, em uma cena humilhante, e depois é colocada na solitária para que sua segurança seja garantida – em uma clara inversão de valores, em que a vítima é isolada ao invés de as culpadas sofrerem punição.

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