Para quem analisa episódio por episódio, é inegável que o sétimo capítulo de Better Call Saul representa uma queda de qualidade em comparação ao fenomenal sexto episódio, todo focado no personagem Mike. Ainda assim, se pararmos para olhar a temporada como um todo, fica claro que o padrão de qualidade segue sendo respeitado e que continuamos diante de uma produção envolvente e inteligente.
O novo episódio volta a centrar sua atenção em Jimmy. Após decidir focar no direito da terceira idade, ele tem planos para abrir um escritório maior e pensa até em novos sócios. A situação muda um pouco de figura quando ele volta a ser procurado pelo casal Kettleman. Eles deixaram o escritório de Howard Hamlin e buscam por um novo advogado. Sem saber como lidar com a dupla, Jimmy pede ajuda para Mike.
A trama avança pouco para o espectador. E retrocede para o protagonista, colocando-o diante de um momento de decepção e fragilidade. Por outro lado, ele demonstra uma verdadeira cumplicidade diante de Kim.
Não há muito o que se falar do elenco sem ser redundante com relação às análises dos episódios anteriores. É curioso notar apenas o crescimento da participação da atriz Rhea Seehorn. Ela segue com uma ótima química com o protagonista Bob Odenkirk.
Um elemento interessante com relação a fotografia é que a série parece se distanciar cada vez mais de Breaking Bad. Se os primeiros episódios remetiam diretamente à saga de Walter White, os últimos são repletos de jogos de sombras e tomadas cinzentas, dando mais personalidade à produção.
Restam apenas mais três episódios. Uma pena.