Quarto episódio de Better Call Saul. Mais um e chegamos na metade da temporada. Mais seis e seremos obrigados e embarcar numa espera sempre chata por novos episódios. Estamos num momento em que a série já deixa um pouco de lado a introdução para investir na ação.
Já não temos aquele Jimmy quase frágil ou melancólico do primeiro capítulo. Aos poucos (e sem pressa), vamos acompanhando a transformação do advogado em um homem ligado com o crime. Na verdade, como um flashback mostra aqui, vemos o retorno de um sujeito ao universo criminoso que havia deixado para trás.
Jimmy, sempre aflito, demonstra pouca paciência na espera de oportunidades profissionais. Ele quer atalhos. Após falhar, mais uma vez, na tentativa de conquistar um casal em problemas com a justiça como seus clientes, o advogado percebe que não tem como vencer a concorrência com o badalado escritório de advocacia do qual seu irmão era sócio. Assim, decide fazer uma propaganda que irrita bastante os atuais sócios do escritório.
Sem entrar em muitos detalhes para não estragar a história, é interessante perceber em Jimmy uma postura quase que juvenil em suas atitudes. Ele, no entanto, não perde a firmeza e acaba diante de uma situação que o transforma em um herói.
Bob Odenkirk volta a se destacar como Jimmy, enquanto que a série mantém um mistério diante de seu irmão Chuck (Michael McKean), uma figura neurótica e traumatizada, que ao mesmo tempo transmite a sensação de que sabe muito mais do que sua loucura aparenta.
Quem também se destaca é Rhea Seehorn, que demonstra muita presença em cena. Se continuar assim, pode se revelar um nome tão interessante quanto as mulheres de Breaking Bad: Anna Gunn e Betsy Brandt.