Apenas um dia após a estreia nos Estados Unidos, Better Call Saul já está disponível na Netflix Brasil. A série é um spin-off da premiada Breaking Bad que segue os passos do advogado Saul Goodman antes de conhecer Walter White e companhia.
O AdoroCinema já conferiu o primeiro episódio da série e traz para vocês as primeiras impressões. Inicialmente, é preciso deixar claro que a produção não é Breaking Bad. É possível encontrar referências e rever personagens, mas estamos falando de um produto novo e independente. Ainda bem!
Better Call Saul começa em grande estilo. Os primeiros minutos são todos em preto e branco e acompanhados por uma trilha sonora bem melancólica. Melancolia que também está presente na cara do sujeito que um dia foi um conhecido advogado. Ali, ele vive com medo e com sentimentos de nostalgia diante de um passado abalado pela passagem de Walter White em sua vida.
Sim, a série começa após os acontecimentos em Breaking Bad. Mas logo somos jogados para anos antes, quando Saul ainda atendia por Jimmy McGill, um advogado de pequenas causas que tem dificuldades para vencer na profissão. Ele tenta arrumar novos clientes e ficar longe de problemas, mas isso nem sempre é possível.
Dirigido por Vince Gilligan, o piloto consegue empolgar mesmo sem nenhuma cena grandiosa. Tudo é mais contido e misterioso, mas o espectador não demora a se ver envolvido naquele universo de Jimmy. Ainda não dá para saber como será a série daqui para frente, mas uma coisa é certa: ao final do episódio você já quer ver o próximo. Infelizmente, ao contrário do que faz com suas séries próprias (House of Cards, Orange is the New Black etc), a Netflix disponibilizará apenas um episódio por semana, oferecendo a mesma experiência do público da TV.
Gilligan optou por manter boa parte da equipe técnica de BB envolvida com BCS. Assim, o visual acaba sendo uma ligação maior com a série original do que os personagens em si. Pelo menos neste episódio, que conta com boa trilha sonora de Dave Porter e bela direção de arte de Paula Dal Santo.
Bob Odenkirk se mostra confortável na pele de Jimmy, embora esteja mais melancólico do que espalhafatoso. Jonathan Banks faz breve aparição como Mike, mas ainda estamos longe de saber como ele vai se tornar aquela figura ameaçadora vista em BB.
Como todo primeiro episódio, aqui estamos diante de uma obra mais introdutória. Alguns podem considerar que faltou ação, mas é inegável que colocou algumas interrogações nas cabeças dos espectadores. O que por si só já garante o público para o próximo episódio. Agora é esperar até semana que vem...