11. A Sociedade
"La venta de churros"
Estreia: 6, 13 e 20 de março de 1978.
Chaves possui uma tradição de bons episódios longos, que têm de ser desmembrados em mais de uma parte. "A Sociedade" se enquadra nessa categoria e surge como o primeiro de outros seis capítulos da lista com essa mesma característica. Na presente trilogia, o inusitado acontece: Dona Florinda vai até o Seu Madruga não para lhe dar um tapa, e sim para convidá-lo para uma sociedade. Ela fica encarregada de produzir seus deliciosos churros e ele fica à frente da comercialização do produto. Nada sairá dentro dos conformes, claro, desde o momento em que Quico (que tentará botar ovos literalmente) e Chaves se dispõem a ajudar Dona Florinda no preparo dos churros, ao fato de Seu Madruga ter de construir a mesa em que a iguaria será exposta no sempre tumultuado pátio da vila.
Momento marcante:
– Seu Madruga, me vende outro churro, por favor? – diz Chaves, antes de dar a volta na banca, correndo, e ele próprio responder:
– Que que foi, que que foi, que que há? Claro que sim – responde o menino, imitando Don Ramón um tanto precariamente; ele está mais preocupado em dar a volta logo e repetir o gesto, comprando outro churro, e mais outro, e tantos quantos puder com sua única moeda. Típico de Roberto Bolaños, que acreditava na inocência, mas também conhecia como ninguém a esperteza e a peculiar malícia de uma criança (algo presente, inclusive, no popular "Foi sem querer, querendo"). No final, Seu Madruga ainda dá uma aula de humanidade, livrando a cara do Chaves e assumindo a culpa por ter comido todos os churros.