Welcome to Comic-Con 2014! Assim teve início a primeira programação oficial do evento deste ano, em plena Preview Night. Mantendo a tradição, o Warner Channel apresentou em primeira mão episódios de alguns de seus próximos projetos. O principal deles era The Flash, adaptação do conhecido herói da DC Comics, que chega à telinha impulsionado pela popularidade de outra série oriunda dos quadrinhos: Arrow, estrelada por Stephen Amell, que narra as aventuras do Arqueiro Verde.
Para quem está por fora da história, vale uma recapitulação: o acidente que fez com que Barry Allen adquirisse o poder da supervelocidade foi exibido no oitavo episódio da segunda temporada. Ou seja, Flash e Arqueiro Verde coexistem no mesmo universo e, por mais que agora cada um tenha sua série própria, volta e meia eles farão participações especiais na série do outro. É o que acontece logo no primeiro episódio de The Flash.
A série começa com uma sequência do super-herói correndo em supervelocidade, com o público apenas vendo seu rastro de luz - situação clássica dos quadrinhos! Em off, ele avisa: "você precisa acreditar no impossível". É a deixa para a apresentação do personagem, desde um flashback de 14 anos atrás até a repetição do acidente que lhe conferiu superpoderes - com mais explicações, é claro.
Pode-se perceber já neste episódio boa parte das subtramas que serão trabalhadas ao longo da primeira temporada: um triângulo amoroso formado pela velha amiga Iris (Candice Patton) e o policial em alta Eddie (Rick Cosnett) - vale lembrar que, nos quadrinhos, Iris se casa com Barry -, o possível interesse romântico com a cientista de luto Caitlin (Danielle Panabaker), a sombra do assassinato de mãe de Barry e a batida ideia de que um mesmo acontecimento criou tanto herói quanto seu nêmesis - com o detalhe de que qualquer um pode ter sido afetado pelo acidente, o que abre um leque e tanto para que os roteiristas possam incluir novos vilões sempre que desejarem. Isso sem falar do mentor com ar de professor Xavier, cuja cena final mostra que ele não é bem o que aparenta ser.
Por mais que insinue uma certa previsibilidade para o futuro, o primeiro episódio de The Flash cumpre bem o objetivo de apresentar a origem do super-herói. Grant Gustin segura bem o personagem, dando a ele um ar mais sério e obcecado, por mais que este piloto tenha uma boa dose de humor. Por outro lado, a trilha sonora maniqueísta é irritante em alguns momentos e os efeitos especiais por vezes deixam a desejar, especialmente quando entra em cena um furacão.
Entre erros e acertos, o primeiro episódio de The Flash consegue uma aprovação, mas sem brilhar. O grande momento sem sombra de dúvidas foi o encontro de Barry Allen com Oliver Queen, divertido e aplaudido pelo público presente. Vale a pena ficar de olho, especialmente por este interessante crossover entre os heróis que, inclusive, pode migrar para a telona nos próximos anos.
