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    Entrevista com os atores Gwendoline Christie e Pedro Pascal, de Game of Thrones

    Brienne de Tarth e Oberyn Martell estiveram no Rio de Janeiro para promoverem o lançamento de Game of Thrones: The Exhibition e também da quarta temporada da série. O AdoroCinema cobriu a coletiva de imprensa.

    por Lucas Salgado

    Os atores Gwendoline ChristiePedro Pascal visitaram o Rio de Janeiro para promover Game of Thrones: The Exhibition e o lançamento da quarta temporada da série, que acontece hoje, 22h, na HBO. Os atores, que interpretam Brienne de Tarth e Oberyn Martell em Game of Thrones, concederam uma coletiva de imprensa na passagem pelo Brasil. O AdoroCinema estava lá e traz o que de melhor aconteceu.

    CONSTRUÇÃO DOS PERSONAGENS

    Gwendoline Christie: A Brianne de Tarth é uma mulher extraordinária, com uma força fenomenal. Como atriz, é complicado se relacionar com isso. Queria fazer o meu melhor para tentar capturar a realidade desta incrível habilidade e força que a Brienne possui. Tive que sair da minha zona de conforto e fazer algo que não era o meu costume, ou seja, muitos exercícios e muito treinamento. Isso jogou pelo ralo minha ideia tradicional de feminilidade, me permitindo parecer algo diferente do que se convém chamar de atrativo. Ela é durona, eu não.

    Pedro Pascal: Eu também interpreto um cara fodão. O meu personagem é uma cara nova na série, ele é apresentado apenas na quarta temporada. Mas o que acho interessante no Oberyn Martell é que ele traz um novo elemento ao universo da série, no que diz respeito ao visual e a cultura. Você vê pelo figurino dele, que é mais mediterrâneo, com o peito aberto. Ele tem uma energia bem sensual. Quanto a me preparar para o papel, eu fui conduzido ao personagem pelos criadores da série, D.B. WeissDavid Benioff, que descreveram ele para mim ainda durante os testes. Eles traçaram uma teia do que motivava aquela pessoa emocionalmente. Sua dureza é gerada por uma motivação muito específica. É uma pessoa que faz o que quer, quando quer. Não pensa nas consequências, apenas age. Ele vai matar você ou fazer amor com você. Não existe meio termo, ele vive nos extremos, o que é intimidador. Eu não vivo desta forma... Infelizmente... Ou felizmente, porque me mantenho vivo.

    RELAÇÃO COM A FANTASIA

    GC: Os livros de George R.R. Martin foram os primeiros de fantasia que eu li. Fiquei um pouco intimidada pelo tamanho, mas comecei a ler e... são muito viciantes. Eu só queria saber o que iria acontecer e fiquei completamente cativada por aqueles personagens. O universo é muito bem desenvolvido, assustadoramente complexo e a narrativa não é nada convencional. Você genuinamente não sabe o que irá acontecer. Desafia você, pega sua paixão e a derruba ao chão.

    PP: Eu li O Senhor dos Anéis quando criança e vi os filmes, que eu gostei bastante. Se tivesse que escolher, eu diria que sou um cara mais da ficção científica. Na verdade, eu resisti um pouco a série quando estreou. Era fantasia e na HBO, o que não fazia sentido para mim. Mas comecei a assistir e vi que serve à fantasia de forma tão bonita que de certa forma transcende para o drama humano. Suspense, humor... Acho que se abre para todo o tipo de público. É uma série que não se isola no gênero da fantasia, apesar de servi-lo belamente.

    COMO NÃO SOLTAR SPOILERS?

    PP: A HBO ameaça nossas vidas. E diz: "Se contar alguma coisa vamos tirar seu episódio do ar e matar seu personagem." (risos) Não é difícil manter segredo, porque a maioria das pessoas não quer saber o que vai acontecer. Eu estava falando com amigos sobre as filmagens e um reclamou: "Eu não quero saber com quem você estava filmando, não quero saber nada." Não posso nem falar sobre minha experiência.

    GC: É muito mais excitante para mim não contar nada para as pessoas. Eu percebi outro dia que nunca falei nada para ninguém. Alguns amigos perguntam, mas acho que estão todos tão apaixonados por esta história fascinante da Brienne que ninguém que receber spoilers. 

    SEMELHANÇAS

    GC: Acho que há uma extraordinária vulnerabilidade na Brienne. Ela não é uma mulher convencional. Ela dá o seu melhor para superar as dificuldades focando em sua força. Eu admiro isso e é algo que tento fazer na vida real. Neste sentido, sinto uma conexão com a personagem. Ela é tão bem escrita por George, e também por Dan e David. Eles fizeram um trabalho maravilhoso de pegar aquela personagem e criar uma mulher complexa. Tenho muito orgulho de fazer um papel pouco convencional, mas que as pessoas parecem gostar bastante.

    EXPECTATIVA PARA OS PERSONAGENS

    PP: Eu apareço de cara no Porto Real e apresento minha agenda rapidamente. Eu não perco tempo. Eu só posso dizer que tenho vingança no meu coração.

    GC: Isso é tão sutil... Você treinou essa resposta?

    PP: Sim. Pratiquei no espelho.

    GC: Sobre a Brianne... Eles pegam aquela garota, aquela mulher, com toda aquela força e vulnerabilidade, e continuam colocando ela em situação com as quais não sabe necessariamente como lidar. Brienne ainda irá enfrentar sua maior dificuldade.

    MORTE NA SÉRIE

    GC: Tem uma coisa com a qual todos podemos contar que é que seu personagem irá morrer. Você pode não saber como ou quando, mas vai acontecer.

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