Onde a série Ruptura é gravada? Prédio da empresa enigmática da ficção científica existe na vida real
Luiza Zauza
Luiza Zauza
Jornalista em formação dividida entre a paixão pelo cinema e pela música. Como coração é grande, cabe desde comédias românticas até documentários musicais. Sempre em busca de encaixar sua devoção por Jorge Ben Jor e John Carpenter em alguma conversa.

O décimo e último episódio de Ruptura estreia nesta sexta-feira (21/03) e promete respostas bombásticas para os mistérios da Lumon.

Mistérios e mais mistérios parecem rondar os corredores das Lumon e, por consequência, a cabeça dos fãs de Ruptura. A segunda temporada chega ao fim nesta sexta (21/03) com a expectativa de respostas para as (muitas) dúvidas do público e do grupo de funcionários chefiados por Mark Scout.

Durante as últimas dez semanas, acompanhamos o quarteto de refinadores de macrodados buscarem por explicações para o trabalho “misterioso e importante” que fazem na frente dos computadores. Mergulhando ainda mais fundo na mitologia da empresa, Mark (Adam Scott) , Helly (Britt Lower), Dylan (Zach Cherry) e Irving (John Turturro) conhecem um pouco mais sobre a vida de seus “externos” e iniciam uma rebelião contra a enigmática empresa.

Se na história a sede grandiosa das indústrias Lumon esconde eventos perturbadores em suas salas misteriosas, na vida real, o prédio imponente, que serve de cenário e personagem para a série, é não somente um edifício de verdade, mas foi a antiga casa de uma das maiores companhias de telecomunicações estadunidense – cuja história se assemelha, em muito, com a da intrigante corporação da série.

As indústrias Lumon existem na vida real

Lee Beaumont/Wikimedia Commons

Foi procurando por possíveis locações abandonadas que a diretora de fotografia Jessica Lee Gagné descobriu por acaso o prédio comercial da Bell Telephone Laboratories, conhecida como Bell Labs, um centro de pesquisa e desenvolvimento tecnológico que ajudou a desenvolver o telefone celular, a fibra ótica, a comunicação por satélite e até o micro-ondas.

Um dos braços da gigante de telecomunicações AT&T, a Bell Labs foi elaborada pelo arquiteto Eero Saarinen e abrigava corredores infinitos numa planta vasta e envidraçada por fora, mas sem janelas nas salas, escritórios e laboratórios por dentro. Uma metáfora bem direta para o isolamento tematizado pela série (com direito à torre de água icônica, construída para se assemelhar a um transistor).

Bell Works/Reprodução

Parte de mim não conseguia acreditar no quão perfeito era”, disse Lee Gagné para o New York Times sobre a primeira vez que viu a arquitetura vazia e espelhada da construção em 2019. “Foi um momento de tirar o fôlego”.

O complexo arquitetônico está localizado no subúrbio de Nova Jersey, numa cidade na área rural chamada Holmdel e, recentemente, com o sucesso de Ruptura, virou uma atração turística para os aficionados pela série, com vídeos de visitas viralizando no TikTok e no Instagram.

Depois de fechar em 1980, a Bell Labs passou por diferentes proprietários, enfrentou diferentes desafios financeiros e até uma possível demolição foi considerada para construir mansões no terreno. Apenas em 2013 ele foi redesenhado, renomado Bell Works e convertido num centro comunitário multiuso com escritórios de coworking, lojas, cafés e biblioteca.

facebook Tweet
Links relacionados