Ryan Murphy é o anfitrião da casa Netflix quando falamos de produções true crime norte-americanas. Entre as séries mais assistidas da plataforma no Brasil está a antologia Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais. A série dá continuidade ao sucesso de Dahmer e foca em casos surpreendentes de crimes que chocaram a mídia norte-americana.
Mas essa não é a única produção disponível na Netflix sobre o gênero. A plataforma apresenta um vasto catálogo, tanto internacional quanto nacional, e parece que a gigante do streaming tem muito interesse em continuar nesse ramo, visto que sua próxima parceria é com o rapper Curtis "50 Cent" Jackson. O projeto será uma série documental sobre o crime mais recente que chocou a área do entretenimento no último mês: o caso de Sean “Diddy” Combs.
Entenda o caso de Diddy
O assunto esteve em alta nas últimas semanas, saindo da bolha do mundo pop, devido ao teor das acusações envolvendo Diddy. O rapper foi preso no dia 16 de setembro após meses de investigação sob acusações e processos envolvendo suspeitas de tráfico sexual, agressão e abuso sexual, contra ex-funcionários, sua ex-namorada, a cantora Cassie Ventura, e profissionais do entretenimento, ao longo de mais de 15 anos.
Caso você não esteja a par dos acontecimentos, Sean “Diddy” Combs é um importante produtor musical, rapper e executivo da indústria fonográfica. Se conhecemos nomes como Mary J. Blige, Usher e The Notorious B.I.G., é por causa da gravadora Bad Boy Records, que Diddy fundou.
O cantor, que está há mais de 30 anos em atividade, possui forte envolvimento com grandes nomes da música e de Hollywood, principalmente por suas populares festas, nas quais muitos já estiveram presentes.
Beyoncé, Jay-Z, Kanye West, Kim Kardashian, Leonardo DiCaprio, Pharrell Williams, Jimmy Iovine, Naomi Osaka, Janelle Monáe, Kate Beckinsale, Snoop Dogg, Ted Sarandos, Queen Latifah, Regina King, Lauren London, Idris Elba e Jaden Smith são apenas algumas das ilustres presenças nas últimas festas de Diddy.
O envolvimento com pessoas tão importantes do cinema e da música acabou sendo uma forte fonte de inspiração para que muitos internautas questionassem o envolvimento de outras celebridades no caso, ao ponto de milhares de teorias da conspiração bombardearem plataformas como TikTok e Instagram. Até o momento, porém, nenhum nome além de Diddy foi mencionado no processo.
50 Cent assina a produção da nova série documental da Netflix
O rapper 50 Cent foi um dos primeiros a se posicionar sobre o caso desde o início da investigação. Em julho, ele declarou ao site The Hollywood Reporter que Diddy "mente sobre tudo". Além disso, publicou em suas redes sociais informações relacionadas ao caso.
“Eu falei muito sobre não ir às festas do Puffy (como Diddy também é conhecido) e fazer essas coisas”, disse Jackson ao THR, que conheceu Combs como artista independente e ajudou a compor algumas de suas músicas. “Eu tenho ficado longe disso há anos. É uma energia desconfortável conectada a isso.”
Agora, ele está à frente do documentário como produtor executivo por meio de sua produtora G-Unit Film & Television, enquanto a vencedora do Emmy Alex Stapleton assina a direção da série documental.
Lançamentos da Netflix na semana (07/10 a 13/10): Documentário com entrevista aos irmãos Menendez é a grande novidade“Como parceiros, compartilhamos o mesmo objetivo: contar uma história autêntica, multifacetada e profundamente envolvente para um público global, que acompanhou e viveu com essa história, ainda em desenvolvimento, por mais de 30 anos”, disse Stapleton ao THR.
Em recente entrevista ao site Variety, o rapper deixou claro que sua intenção é explorar a linha do tempo dos fatos e discutir a situação do movimento hip-hop, que vem sendo alvo de críticas, dadas as acusações contra Diddy, que teve um importante envolvimento na cena norte-americana entre os anos 80 e 90.
“Esta é uma história com impacto humano significativo. É uma narrativa complexa que abrange décadas, não apenas as manchetes ou os clipes vistos até agora”, disseram 50 Cent e Stapleton em uma declaração exclusiva à Variety.
Continuamos firmes em nosso compromisso de dar voz aos que não têm voz e apresentar perspectivas autênticas e diferenciadas. Embora as alegações sejam perturbadoras, pedimos a todos que se lembrem de que a história de Sean Combs não é a história completa do hip-hop e de sua cultura. Nosso objetivo é garantir que ações individuais não ofusquem as contribuições mais amplas da cultura.
Essa não será a primeira vez que Curtis “50 Cent” Jackson assume uma produção audiovisual. Na verdade, ele já possui experiência na área com a franquia Power. A produtora de cinema e televisão G-Unit, de Jackson, tem vários programas em desenvolvimento para o Hulu, Paramount+, Peacock e BET.
Os lucros do documentário, segundo o rapper-produtor, serão usados para apoiar vítimas de agressão sexual. A produção não tem previsão de estreia, mas já está em andamento.
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