A minissérie Monstros: Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais tem gerado controvérsias desde seu lançamento na Netflix. Até hoje continuam a surgir declarações de familiares e dos próprios Menendez contra a minissérie criada por Ryan Murphy e Ian Brennan pela forma como sua história foi tratada e pelas reviravoltas narrativas que foram dadas a alguns dos eventos.
Mas é verdade que muitas das coisas tratadas na série aconteceram na vida real, como o caso do assassinato de Dominique Dunne, filha do jornalista Dominick Dunne, interpretado por Nathan Lane.
Embora a série se concentre principalmente no caso Menendez, ela também menciona casos da época que também foram muito midiáticos, como o de O.J. Simpson ou Dominique Dunne, cujo julgamento aparece no episódio 7 da minissérie e ocorreu uma década antes do caso Menendez.
O assassinato de Dominique Dunne
MGM
Dominique Dunne trabalhou como atriz entre 1979 e 1982. Nesse período, ela teve a oportunidade de interpretar Dana Freeling em Poltergeist - O Fenômeno. Ela deveria reprisar seu papel na sequência, mas morreu antes das filmagens. Seu último papel foi na minissérie V, que estreou em 1983.
Ela foi morta aos 22 anos de idade pelas mãos de seu ex-namorado, John Thomas Sweeney, em 30 de outubro de 1982. Embora o ator David Packer estivesse com ela na época ensaiando falas para V, ele ficou dentro de casa enquanto Dunne saiu para falar com Sweeney.
Ao ouvir um barulho, Packer chamou a polícia. Entretanto, quando a polícia o informou que a casa estava fora de sua jurisdição, ele deixou uma mensagem na secretária eletrônica de um amigo dizendo: “Se eu morrer esta noite, será por causa de John Sweeney”.
Quando Packer finalmente saiu da casa, ele viu Sweeney ajoelhado ao lado de Dunne. A polícia finalmente chegou e o encontrou na entrada da casa, onde ele disse: “Matei minha namorada e tentei me matar”. Mais tarde, os relatórios revelaram que Sweeney havia estrangulado Dunne após uma discussão.
A atriz foi levada para o hospital, onde ficou em coma com suporte vital por cinco dias. No entanto, como ela não recuperou a consciência e os exames cerebrais confirmaram atividade cerebral nula, seus pais concordaram em retirar o suporte em 4 de novembro.
John Thomas cumpriu apenas dois anos e meio de prisão, o que, por motivos óbvios, enfureceu o pai de Dominique a tal ponto que ele contratou um detetive particular para segui-lo, pois queria alertar as namoradas do assassino de sua filha sobre seu histórico de violência. Por fim, Dunne parou de persegui-lo e seguiu em frente com sua vida.
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