Em 2013, a vitória de Avenida Brasil no Emmy Internacional – o "Oscar da televisão" – parecia praticamente certa. A grande queridinha do público brasileiro estava entre os títulos indicados à categoria de Melhor Telenovela, ao lado de Windeck, da Angola, 30 vies, do Canadá, e da colega brasileira Lado a Lado, também exibida pela TV Globo.
Porém, em uma reviravolta surpreendente, o prêmio acabou indo para Lado a Lado. A expressão "reviravolta" é pertinente, pois, apesar do prestígio conferido pela nomeação à 41ª edição do evento, o folhetim de João Ximenes Braga e Claudia Lage não foi exatamente um fenômeno de audiência – diferentemente da novela com Carminha, Tufão e companhia.
Em sua estreia, no dia 10 de setembro de 2012, Lado a Lado registrou uma média de 18,2 pontos no Ibope (segundo dados divulgados pelo UOL na época), muito abaixo de suas antecessoras Amor Eterno Amor, A Vida da Gente e Cordel Encantado, que estrearam, respectivamente, com médias de 23, 23 e 24 pontos.
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A pontuação, como era de se esperar, variou de capítulo para capítulo, mas nunca ultrapassou os 25 pontos, com alguns picos de 28 – a audiência mais alta registrada pela novela em todo o período em que esteve no ar. Na ocasião, o episódio recordista mostrava uma das protagonistas, Isabel (Camila Pitanga), fazendo uma descoberta bombástica.
No final das contas, o folhetim encerrou sua passagem pela Globo com uma média de apenas 18 pontos no Ibope – a menor já registrada até então na história das novelas das seis da emissora.
Nem Glória Pires, nem Ana Rosa: A atriz que mais fez novelas no Brasil é outra artista querida pelo públicoRelembre a trama de Lado a Lado, vencedora do Emmy Internacional
Em Lado a Lado, fomos apresentados às histórias de duas mulheres de mundos completamente diferentes: Laura (Marjorie Estiano) é filha da ex-baronesa Constância (Patrícia Pillar) e do Dr. Assunção (Werner Schunemann), e leva a vida trabalhando como professora.
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Amante dos livros e das artes, a mocinha sonha com a liberdade, mas seus pais querem que ela se case com Edgar (Thiago Fragoso), filho do senador Bonifácio (Cássio Gabus Mendes), para que a família possa voltar aos velhos tempos de luxo perdidos com a chegada da República.
Paralelamente temos Isabel (Camila Pitanga), uma jovem humilde, filha do ex-escravo Afonso (Milton Gonçalves) e noiva de Zé Maria (Lázaro Ramos). Desde pequena, ela trabalha como empregada doméstica para uma dama francesa, a Madame Besançon (Beatriz Segall), e aprendeu a falar francês fluentemente.
Mesmo em realidades distintas, Isabel e Laura compartilham o sonho de ter mais do que apenas uma vida, almejando o amor e a liberdade, e acabam vendo seus caminhos se cruzarem nessa dramática história na conservadora sociedade carioca do início do século XX.
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