Derry Girls, uma das melhores e mais engraçadas séries dos últimos anos, é escrita de forma absolutamente brilhante, super divertida e sempre surpreendentemente emocionante, mas infelizmente também é quase completamente desconhecida no Brasil.
Com três temporadas de seis episódios cada, com apenas 30 minutos de duração (mais um especial de 48 minutos que conclui a série), Derry Girls recebeu 3,6 de 5 estrelas da comunidade do AdoroCinema.
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Por um lado, Derry Girls funciona principalmente como uma série de comédia. O foco está em quatro alunas e um aluno de uma escola católica na Irlanda do Norte que, no estilo típico de uma sitcom, tropeçam de uma gafe para outra e não estão isentos de qualquer constrangimento.
A série é simplesmente engraçada e não precisa depender de risada para transmitir ao público que aquela piada acabou de ser feita.
Apesar de sua unidimensionalidade, os personagens são simplesmente adoráveis: a protagonista Erin (Saoirse-Monica Jackson) é uma intelectual supostamente esclarecida, sua prima Orla (Louisa Harland) sempre está com a cabeça nas nuvens, a maior ladra de cenas e ligeiramente histérica Clare (Nicola Coughlan) passa pelo maior desenvolvimento, a autoconfiante Michelle (Jamie-Lee O'Donnell) está sempre em busca de algo e James (Dylan Llewellyn), como inglês, tem que fazer a maioria das piadas entre os irlandeses do norte.
Um momento sério e/ou emocionante sempre surge quando a série ameaça escorregar muito para o território da sitcom - por exemplo, no final da primeira temporada.
Depois que Erin, sem hesitação, supera um colega de classe no jornal da escola e enquanto Orla ameaça se envergonhar com uma rotina de aeróbica em uma competição de talentos na escola, sua família em casa fica sabendo de um sério ataque à televisão como parte do conflito na Irlanda do Norte - e o avô de Erin, Joe (a estrela de Game of Thrones, Ian McElhinney), que adora ridicularizar seu genro Gerry (Tommy Tiernan), a conforta.
Derry Girls se passa na década de 90, quando o conflito entre as partes católica e protestante da população da Irlanda do Norte continua a aumentar. E é um dos maiores pontos fortes da produção criada por Lisa McGee, que cresceu nessa época, e é capaz de processar sua própria infância e juventude e incorporar esses momentos continuamente.
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