Atenção! Esta matéria contém informações sobre o 6º episódio de The Acolyte. Caso não tenha assistido e ainda assim quiser saber spoilers, está por sua conta e risco.
Star Wars: A Ascensão Skywalker é considerado o pior filme da saga, com apenas 51% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes. Um dos motivos para isso é o péssimo desenvolvimento de Rey e Kylo Ren como um casal praticamente do nada. Com cinco anos para se recuperar do “susto”, The Acolyte arrisca novamente com uma trama de “enemies to lovers”, inimigos a amantes.
Inicialmente, as apostas para um romance na nova série do Disney+ apontavam para Jecki (Dafne Keen) e Osha (Amandla Stenberg), mas tudo mudou com um plot twist impressionante no 5º episódio. Agora, a protagonista está envolvida em uma conexão intensa com Qimir/The Stranger, o vilão de Manny Jacinto, que levantou muitos paralelos com a relação do “casal” da Trilogia Sequel.
Ao ser questionada se houve alguma forma de inspiração em “Reylo” para desenvolver seus personagens originais, a showrunner de The Acolyte, Leslye Headland afirmou que existe somente uma cena de Daisy Ridley e Adam Driver que “plantou uma semente” para ela:
“Foi apenas a entrega de Adam [Driver] quando ele diz: ‘Junte-se a mim’, e então eles cortam para ela e então ele diz: ‘Por favor’, dessa forma incrivelmente vulnerável, quase de partir o coração, onde você entende o quão solitário e perdido esse cara está. Foi especificamente ele parado na frente dela e se mostrando em um lugar tão vulnerável”, descreveu em entrevista ao Collider.
"Haverá uma transição gigante no negócio, e não sei muito sobre isso": Por que George Lucas vendeu a Lucasfilm para a Disney?Headland ainda acrescentou que não se interessou muito pela dinâmica presente em The Rise of Skywalker. Isso porque, principalmente, ela acha que o princípio base do “enemies to lovers” seria um tanto quanto reducionista para tratar de Osha e Qimir. O que faz sentido, uma vez que as questões de poder e de identidade estão em jogo entre os dois antes de qualquer forma de romance.
Parece que a estratégia está funcionando, uma vez que The Acolyte está se consagrando como a 3ª melhor série de Star Wars, com 84% de aprovação, ficando atrás somente de Andor e The Mandalorian. A produção é o maior lançamento do Disney+ em audiência, até o momento, em 2024.
The Acolyte usa diferentes camadas para consertar os erros cometidos com "Reylo"
Desenvolver outras camadas que aprofundam a conexão dos dois personagens é o que mais diferencia Qimir e Osha de Rey e Kylo Ren. Enquanto no longa de J.J. Abrams parece que é algo que surgiu do nada, na série há uma relação que se sustenta em diferentes pilares:
“O que ele [Qimir] fala neste episódio e o que ele falou no [episódio] 5 é algo que eu realmente cavei fundo. Então o conflito interno de Osha se encaixa com sua ideologia, e ainda assim eles estão em extremos opostos do espectro, assim como ela e sua irmã começaram no começo do show. Eu queria permanecer fiel aos meus personagens”, afirma Headland.
Mais do que isso, como a própria criadora argumenta, foram planejados vários elementos no roteiro e nos recursos visuais, como o figurino, para mostrar tais camadas ao público:
“O design do personagem foi muito intencional. Mas também, de novo, essa é a história dos vilões. Então, diferente de Rey e Kylo, onde Rey está sempre nessas cores mais claras, e ele está de preto, o Sith está de branco e a personagem que está lutando com ambos os lados está vestindo cinza”, completa.
"Por que você me quer nesta sala?": Roteirista da nova série de Star Wars nunca viu os filmes - e isso pode ser ÓTIMO para os fãsO mesmo acontece nas diferentes estratégias que o Sith aplica em cada uma das irmãs, e o próprio personagem deixa isso claro o diálogo. Enquanto ele lança mão do capacete e da anonimidade total como uma forma de dominância sobre Mae, ele fica totalmente vulnerável - e nu - diante de Osha.
Os dois últimos episódios da primeira temporada de Star Wars: The Acolyte serão lançados nas próximas semanas no Disney+.
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